Com fortes críticas ao chefe do Executivo capixaba, Renato Casagrande (PSB), o empresário e ex-secretário da Fazenda de Vitória Aridelmo Teixeira (Novo) lançou a sua pré-candidatura ao governo do Espírito Santo nas Eleições 2022 na manhã deste sábado (9), pregando mudanças na política e “revolução social”, com geração de emprego e renda.
Em evento na Capital, Aridelmo chegou a dizer que Casagrande "assumiu e começou a destruir tudo". Também descartou apoio imediato à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), para quem fez campanha em 2018. “Estou 100% com o Novo”, afirmou.
A pré-candidatura do também economista foi lançada na Fucape Business School, centro educacional do qual é um dos fundadores. Estiveram presentes apoiadores, filiados ao partido, além da pré-candidata a deputada estadual Patrícia Bortolon (Novo), o presidente do partido no Espírito Santo, Iuri Aguiar, e a pré-candidata à vice-governadora, Camila Domingues. A principal figura presente no local foi a do pré-candidato à presidência da República pelo Novo, Luiz Felipe d'Ávila.
O pré-candidato apresentou um resumo do seu plano de governo, que seria, segundo ele, colaborativo, responsável por combater privilégios e o adequado para promover uma "revolução social".
“Saímos para conhecer os problemas do Espírito Santo, que muitas vezes são invisíveis. Tem uma multidão invisível espalhada pelo nosso Estado. Antes de conversar com atores políticos, fomos conversar com a sociedade. Quase um quinto da população capixaba está com alguma vulnerabilidade alimentar”, comentou o empresário.
Ao lado de Aridelmo na corrida ao Palácio Anchieta está a pré-candidata a vice Camila Domingues, que é jornalista. De acordo com o empresário, a união foi construída naturalmente, sem considerar apoio político ou tempo de televisão, quesitos apontados pelo pré-candidato ao governo como não compatíveis com o projeto do Novo.
Aridelmo chegou a disputar o comando do Palácio Anchieta em 2018, quando ainda estava filiado ao PTB, mas angariou apenas 3,25 % dos votos válidos. Quatro anos depois, julga que está mais maduro e com projeto de governo melhor. Ele foi secretário da Fazenda de Vitória na gestão de Lorenzo Pazolini (Republicanos). O prefeito, porém, não esteve no evento.
Em entrevista à reportagem de A Gazeta minutos depois do término do evento, o agora pré-candidato fez elogios à gestão do ex-governador Paulo Hartung e críticas ao atual chefe do Executivo capixaba, Renato Casagrande (PSB), cujo governo definiu como "extrema esquerda". Segundo Aridelmo, o atual governador não foi capaz de melhorar a qualidade de vida da população capixaba.
"Não dá para comparar o governo de Hartung com o governo de Renato. O governo do Paulo Hartung, em 2002, iniciou uma revolução fiscal. Ele [Hartung] gastou oito anos para ajustar as contas. Renato só virou governador porque teve o apoio de Hartung. Ele [Casagrande] assumiu e começou a destruir tudo", afirma.
Questionado se colocaria limites à reeleição, Aridelmo afirmou que compactua com o ideal do Novo: apenas um mandato de cinco anos. "Nos países mais desenvolvidos, como os Estados Unidos, há um limite de mandatos. Precisa de inovação, de novas energias, de reciclagem. Sem isso, o país fica refém. Ou é o ruim ou o menos ruim", opina.
No evento com apoiadores e durante entrevista, o pré-candidato reforçou diversas vezes o ideal de renovação na política. Em 2018, ainda no PTB, partido de Roberto Jefferson, Aridelmo apoiou publicamente o então candidato Jair Bolsonaro.
"Arrepender de ter dado voto lá [a Bolsonaro, em 2018], de jeito nenhum. Eu declarei apoio porque o meu partido não tinha um candidato e havia uma coligação forçada. Chegando na reta final, existia uma possibilidade daquele grupo [PT] chegar ao poder, ali mudou radicalmente", detalha.
À reportagem, ele afirmou que saúde e educação foram áreas que o governo Bolsonaro não conduziu de maneira satisfatória. Mas apontou que foi "brilhante" em infraestutura, como em saneamento básico.
Em 2022, diferentemente da corrida presidecial anterior, o partido de Aridelmo tem um candidato ao Palácio do Planalto: Luiz Felipe d'Ávila. É por isso que o empresário se diz "100% com o Novo".
"Vamos trabalhar duro para que o Brasil tenha uma opção, que é o Felipe d'Ávila. O eleitor tem uma via para o Brasil", diz.
Sobre um possível segundo turno entre Lula e Bolsonaro, Aridelmo diz preferir não gastar energia com o assunto e relata confiança no candidato do Novo para substituir o presidente Bolsonaro.
"Nós não vamos gastar energia com isso agora. Isso é uma decisão lá para frente. Vamos olhar e focar no Felipe d'Ávila como nosso presidente. Não trabalhamos com a ideia de não tê-lo no segundo turno", reafirma.
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