O delegado Eugênio Ricas é o novo superintendente regional da Polícia Federal no Espírito Santo. A portaria com a designação dele para o cargo foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (16). Ricas exercia o cargo de adido da PF nos Estados Unidos e já foi secretário estadual da Justiça e secretário estadual de Controle e Transparência.
A publicação é assinada pelo secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Márcio Nunes de Oliveira. O cargo estava vago desde a dispensa do delegado da PF Jairo Souza da Silva, publicada no Diário do dia 7 de junho, com referência a 17 de maio.
Ricas poderia ficar em Washington, no cargo de adido da PF – policial federal que atua em missão diplomática –, somente até setembro, já que o prazo para a função é de três anos, não prorrogáveis. A saída do delegado do posto nos Estados Unidos se concretizou nesta quinta-feira (15), mas foi publicada Diário Oficial da União em 22 de junho.
Para o lugar do novo superintendente regional da Polícia Federal no Espírito Santo, Rolando Alexandre de Souza, ex-diretor-geral da PF, foi nomeado como adido da instituição nos EUA.
Eugênio Coutinho Ricas é casado e tem dois filhos. Nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais, ele se considera capixaba de coração. Há 18 anos na Polícia Federal, Ricas iniciou a carreira na Bahia.
Depois, se instalou no Espírito Santo onde, entre outras atuações, esteve à frente da "Operação Esfinge" que, em 2006, levou à prisão 17 pessoas acusadas de sonegação fiscal, entre os quais o advogado Beline José Salles Ramos. O delegado ainda atuou no Maranhão e em Minas Gerais para, em seguida, retornar ao Espírito Santo, mas cedido ao governo do Estado.
Ricas comandou duas secretarias: a de Justiça (Sejus), no primeiro mandato de Renato Casagrande (PSB), e de Controle e Transparência (Secont), já no terceiro governo de Paulo Hartung (sem partido).
Ao sair do governo, o delegado assumiu o cargo de diretor de investigação e combate ao crime organizado da Polícia Federal, considerada a segunda mais importante posição da instituição no país. De Brasília, onde exerceu a função, foi chamado para ocupar o cargo de adido da PF nos Estados Unidos.
Recentemente, Ricas conversou com a reportagem de A Gazeta e relatou relatou as suas experiências em território americano. Ele destacou que estreitou os laços com instituições de segurança de vários países, já que Washington é a capital que mais reúne esses grupos.
"Ser adido é uma experiência fantástica em todos os sentidos. Do lado pessoal porque, apesar de estar longe de parentes e amigos, une muito a nossa família aqui, minha esposa está trabalhando, meu filho fala inglês fluente. E profissional porque é um network excelente. Eu tenho contato com policiais de todos os lugares do mundo. Os melhores policiais das melhores agências são enviados para Washington", contou.
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