O ex-funcionário da Câmara Municipal de Itarana, no interior do Espírito Santo, Adair Lucas, que foi preso em Minas Gerais na terça-feira (10), acusado de desviar cerca de R$ 700 mil do Legislativo do município, foi transferido para o Espírito Santo na quarta (11) e está detido no Centro de Detenção Provisória de Aracruz, de acordo com a Secretaria de Estado de Justiça (Sejus).
O suspeito foi preso pela Polícia Rodoviária Federal na BR 381 em João Monlevade (MG). Desde 2005 ele era funcionário da Câmara Municipal de Itarana, cidade localizada na região Central do Estado, mas, após a suspeita do desvio, foi exonerado no último dia 4. No momento da prisão, foram encontrados com Adair R$ 27 mil em dinheiro.
O caso é investigado pela Delegacia de Polícia de Itarana e, segundo a assessoria da Polícia Civil, novas informações sobre o andamento das investigações não serão repassadas no momento.
O presidente da Câmara Municipal de Itarana, Arnaldo Martins, disse esperar que a Polícia Civil ajude na recuperação do valor desviado. Ele afirmou estar satisfeito com a prisão do ex-funcionário e que se colocou à disposição da Justiça para auxiliar nas apurações. Segundo o vereador, servidores da Câmara prestaram depoimento à polícia.
Arnaldo Martins destacou que apura, com auxílio do Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCES), o valor total que foi desviado, além de organizar as questões contábeis e financeiras. A PRF, logo após a prisão, informou que a suspeita é que o montante seja de R$ 700 mil. O presidente da Câmara afirmou não saber há quanto tempo o agora ex-funcionário estaria desviando dinheiro, mas disse acreditar que ele agia sozinho.
Adair Lucas foi considerado desaparecido no último dia 3 de novembro. Logo depois, surgiu a suspeita de que ele teria desviado dinheiro da Câmara de Itarana. Ele foi exonerado um dia depois do cargo.
A Polícia Civil, então, começou a investigar o caso do desvio de verba pública, além do desaparecimento de Adair, que foi comunicado pela própria esposa do suspeito. O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) também acompanha as investigações.
O ex-funcionário foi preso em Minas durante fiscalização de rotina na BR 381 pela PRF. Os policiais identificaram que, contra ele, havia um mandado de prisão preventiva em aberto. No momento da prisão, considerada um flagrante, ele não soube informar a origem dos R$ 27 mil em dinheiro que foram encontrados com ele.
A reportagem tentou entrar em contato com a esposa de Adair nesta quinta-feira (12), mas não teve sucesso. A defesa do suspeito não foi localizada.
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