O deputado federal Felipe Rigoni (União Brasil) desistiu de concorrer ao governo do Espírito Santo. Em uma carta aos eleitores, entre outros argumentos, ele diz que ninguém consegue administrar um Estado ou país sem uma construção coletiva. Nas eleições deste ano, o parlamentar vai tentar a reeleição.
O comunicado foi feito por sua equipe na tarde desta quarta-feira (27), num texto em que Rigoni relata a crise por que passa o país e também problemas do Estado. Ele segue defendendo a necessidade de renovação do ciclo político capixaba, mas reconhece que não é o momento certo de colocar seu projeto em prática.
O deputado diz ainda que, desde que iniciou a jornada como pré-candidato ao governo, tem recebido apelos para permanecer na Câmara Federal e, acreditando que pode contribuir mais no Congresso, decidiu disputar a reeleição. "E hoje, o ciclo de renovação do Espírito Santo precisa mais de mim no Congresso Nacional."
Confira o documento na íntegra:
O Brasil vive um dos momentos mais dramáticos desde a redemocratização de 1985. Fome, desemprego e instabilidade institucional ameaçam nosso futuro. No Espírito Santo, mais de 390 mil pessoas não sabem quando será a próxima refeição e mais de 600 mil não têm acesso à água tratada.
Há 8 meses tenho defendido um novo projeto político para o Espírito Santo e o Brasil, para proporcionar um ciclo de desenvolvimento sustentável, com mais oportunidade para todos.
Nos últimos meses, quando apresentei à sociedade um projeto para o Espírito Santo, percorri todo o Estado. Ouvi e aprendi muito. Cada capixaba tem a sua história, o seu sonho e a sua realidade.
Ao longo da jornada, confirmei meu sentimento de que precisamos realmente de renovar o ciclo político e de desenvolvimento do Espírito Santo. Mas, na política, temos que ter a humildade e a sensibilidade de saber qual é o momento certo para colocarmos um projeto em prática.
O momento atual é de amadurecimento do projeto. Um novo ciclo político depende de dois elementos: novas lideranças e um novo projeto de desenvolvimento. E hoje, o ciclo de renovação do Espírito Santo precisa mais de mim no Congresso Nacional.
Desde que iniciei esta jornada como pré-candidato ao governo estadual, tenho recebido inúmeros apelos para permanecer na Câmara dos Deputados, onde posso defender muito bem os interesses do Espírito Santo e do Brasil.
Nunca tomei decisões políticas com base apenas em desejos pessoais, e sim observando o interesse coletivo. Foi com esse compromisso que, ao longo de minha trajetória, tomei posições que achei as mais sensatas, mesmo recebendo críticas ora da esquerda, ora da direita, em temas polêmicos como a defesa do novo marco do saneamento, a reforma da previdência e a rejeição à PEC Kamikaze.
Sempre me pautei pelo que achei mais correto, mais justo e melhor para a população do Espírito Santo e do Brasil. Foi assim quando fui relator do novo Fundeb, quando aprovei 6 projetos de lei, economizei verba de gabinete, fiz editais para destinação de emendas parlamentares e fiz processo seletivo para a formação da equipe. Provamos que é possível fazer política de forma diferente.
Ninguém consegue governar o Estado ou o país sem uma construção coletiva. Como deputado federal, confirmo meu compromisso com o Brasil e com o Espírito Santo: trabalhar pela renovação do Estado, com mais justiça social e oportunidade para todos.
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