Mais de um ano após a instalação de escoras na garagem do Fórum de Vila Velha para reforçar a estrutura, o que despertou temor entre frequentadores do local, a reforma do prédio foi concluída. Apesar do fim dos trabalhos, nesta segunda-feira (25), a unidade continua sem alvará do Corpo de Bombeiros.
O Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) garante que não há riscos e a área está liberada para uso.
O Fórum de Vila Velha foi inaugurado em 2011. A trinca na garagem surgiu devido à ausência de neoprene entre o console e a laje do 2º pavimento (teto da garagem). É um problema já desde a construção. O neoprene é um material similar à borracha.
A instalação das escoras foi feita em setembro de 2018, mas a situação só veio a público em fevereiro do ano passado, quando servidores da unidade foram comunicados oficialmente da situação e relataram a A Gazeta que trabalhavam com medo. Na ocasião, o então presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), desembargador Sérgio Gama, afirmou que a Defesa Civil havia vistoriado o local, que não apresentava risco de desabamento.
As escoras, segundo o secretário de Engenharia e Projetos do TJES, Wagner Marques, estavam sendo usadas como medida de precaução enquanto se aguardava os trâmites do processo licitatório para corrigir o problema. A previsão inicial era que a obra fosse concluída até dezembro, mas houve atraso no processo de contratação, que acabou adiando a reforma para 2020.
O engenheiro explicou que houve reforço em um dos pilares onde não havia neoprene entre o console e a laje. Ele garantiu que o local está liberado para uso e sem riscos de desabamento. Apesar disso, o Fórum continua sem alvará de incêndio e pânico regularizado, segundo o Corpo de Bombeiros.
"O alvará exige a nota fiscal de diversos documentos da construção que não conseguimos encontrar, porque a empresa, na época, abandonou a obra de construção do prédio. Estamos contratando uma empresa para verificar esta documentação e, então, conseguirmos o alvará. É mais uma questão burocrática, porque está tudo dentro das normas", justificou.
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