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Ex-funcionário da Câmara de Itarana suspeito de desviar R$ 700 mil é preso em MG

Ex-funcionário da Câmara de Itarana suspeito de desviar R$ 700 mil é preso em MG

Adair Lucas foi preso nesta terça-feira (10) em João Monlevade, Minas Gerais, pela PRF. O suspeito estava com R$ 27 mil em dinheiro e, no total, é acusado desviar R$ 700 mil

Publicado em 10 de novembro de 2020 às 23:37

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Adair Lucas foi preso pela PRF em João Monlevade, Minas Gerais, com R$ 27 mil em espécie
Adair Lucas foi preso pela PRF em João Monlevade, Minas Gerais, com R$ 27 mil em espécie. (Divulgação/PRF)

Suspeito de desviar dinheiro da Câmara de Itarana, no interior do Espírito Santo, um ex-servidor da Casa foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) nesta terça-feira (10) em João Monlevade, Minas Gerais. Adair Lucas, que trabalhava como contador na Câmara desde 2005, estava foragido desde terça-feira (3) e a Polícia Civil capixaba havia aberto um inquérito para apurar o caso.

De acordo com a PRF em Minas, Adair foi identificado durante fiscalização de rotina na rodovia BR 381. Com ele, foram encontrados R$ 27 mil em dinheiro e a prisão foi considerada um flagrante. Ainda segundo a PRF, o contador – que acabou exonerado no último dia 4 – é suspeito de ter desviado, no total, R$ 700 mil da Câmara de Itarana.

Adair estava em um carro modelo Nissan Sentra branco, que foi parado. No momento da abordagem, o suspeito não soube informar a origem do dinheiro. Os policiais checaram no sistema e identificaram que, contra ele, havia um mandado de prisão preventiva em aberto.

O suspeito e o material apreendido foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil de João Monlevade. Segundo a PRF, ele será levado para o Espírito Santo nesta quarta-feira (11).

ENTENDA O CASO

Adair Lucas foi considerado desaparecido no último dia 3. Logo depois, porém, houve a suspeita de que ele havia desviado dinheiro da Câmara de Itarana. A Polícia Civil havia informado que estava investigando o caso do desvio de verba pública, além do desaparecimento de Adair, que foi comunicado pela esposa do suspeito. A polícia também afirmou que testemunhas foram ouvidas e que as investigações estavam em andamento.

Ministério Público do Espírito Santo também se manifestou, alegando que estava acompanhando as investigações da Polícia Civil e que adotaria as medidas necessárias para auxiliar na apuração do caso. O MPES afirmou também que as investigações ainda estavam no início e, por isso, ainda não havia muitas informações.

EXONERADO

O presidente da Câmara Municipal de Itarana, Arnaldo Martins, também foi demandado pela reportagem de A Gazeta na última sexta-feira (6). Por meio de nota, alegou que havia identificado que o suspeito teria desviado uma quantia de dinheiro público, cujo valor ainda estava em análise. Já em nota publicada no site da Câmara, o presidente informou que o servidor foi exonerado no dia 04 de novembro.

Nesta terça, a assessoria da Câmara informou que somente se manifestaria na quarta (11).

A nota ainda afirmava que, após a descoberta do crime, a Câmara adotou todas as medidas necessárias para a elucidação dos fatos e recuperação do valor desviado, na esfera administrativa e policial. O presidente ainda havia se colocado à disposição para auxiliar nas investigações.

A reportagem de A Gazeta demandou novamente a Polícia Civil do Espírito Santo nesta terça a respeito da prisão de Adair, mas, até a publicação deste texto, não obteve retorno. Quando houver novos posicionamentos, este texto será atualizado.

O OUTRO LADO

Tentamos, sem sucesso, contato com a esposa de Adair, que havia informado o desaparecimento dele. Não localizamos representantes da defesa do suspeito.

Com colaboração de Nadia Prado, do 23º curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta

Errata Correção
11 de novembro de 2020 às 08:09

A primeira versão desta reportagem informou, no título e no texto, que o suspeito preso era funcionário da Câmara de Itarana. Na verdade, no momento da prisão, no dia 10 de novembro, ele já era ex-servidor da Casa. Após a suspeita de desvio, Adair Lucas foi exonerado, em 04 de novembro, como a nova versão deste texto informa agora.

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