Suspeito de desviar dinheiro da Câmara de Itarana, no interior do Espírito Santo, um ex-servidor da Casa foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) nesta terça-feira (10) em João Monlevade, Minas Gerais. Adair Lucas, que trabalhava como contador na Câmara desde 2005, estava foragido desde terça-feira (3) e a Polícia Civil capixaba havia aberto um inquérito para apurar o caso.
De acordo com a PRF em Minas, Adair foi identificado durante fiscalização de rotina na rodovia BR 381. Com ele, foram encontrados R$ 27 mil em dinheiro e a prisão foi considerada um flagrante. Ainda segundo a PRF, o contador que acabou exonerado no último dia 4 é suspeito de ter desviado, no total, R$ 700 mil da Câmara de Itarana.
Adair estava em um carro modelo Nissan Sentra branco, que foi parado. No momento da abordagem, o suspeito não soube informar a origem do dinheiro. Os policiais checaram no sistema e identificaram que, contra ele, havia um mandado de prisão preventiva em aberto.
O suspeito e o material apreendido foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil de João Monlevade. Segundo a PRF, ele será levado para o Espírito Santo nesta quarta-feira (11).
Adair Lucas foi considerado desaparecido no último dia 3. Logo depois, porém, houve a suspeita de que ele havia desviado dinheiro da Câmara de Itarana. A Polícia Civil havia informado que estava investigando o caso do desvio de verba pública, além do desaparecimento de Adair, que foi comunicado pela esposa do suspeito. A polícia também afirmou que testemunhas foram ouvidas e que as investigações estavam em andamento.
O Ministério Público do Espírito Santo também se manifestou, alegando que estava acompanhando as investigações da Polícia Civil e que adotaria as medidas necessárias para auxiliar na apuração do caso. O MPES afirmou também que as investigações ainda estavam no início e, por isso, ainda não havia muitas informações.
O presidente da Câmara Municipal de Itarana, Arnaldo Martins, também foi demandado pela reportagem de A Gazeta na última sexta-feira (6). Por meio de nota, alegou que havia identificado que o suspeito teria desviado uma quantia de dinheiro público, cujo valor ainda estava em análise. Já em nota publicada no site da Câmara, o presidente informou que o servidor foi exonerado no dia 04 de novembro.
Nesta terça, a assessoria da Câmara informou que somente se manifestaria na quarta (11).
A nota ainda afirmava que, após a descoberta do crime, a Câmara adotou todas as medidas necessárias para a elucidação dos fatos e recuperação do valor desviado, na esfera administrativa e policial. O presidente ainda havia se colocado à disposição para auxiliar nas investigações.
A reportagem de A Gazeta demandou novamente a Polícia Civil do Espírito Santo nesta terça a respeito da prisão de Adair, mas, até a publicação deste texto, não obteve retorno. Quando houver novos posicionamentos, este texto será atualizado.
Tentamos, sem sucesso, contato com a esposa de Adair, que havia informado o desaparecimento dele. Não localizamos representantes da defesa do suspeito.
Com colaboração de Nadia Prado, do 23º curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta
A primeira versão desta reportagem informou, no título e no texto, que o suspeito preso era funcionário da Câmara de Itarana. Na verdade, no momento da prisão, no dia 10 de novembro, ele já era ex-servidor da Casa. Após a suspeita de desvio, Adair Lucas foi exonerado, em 04 de novembro, como a nova versão deste texto informa agora.
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