Uma funcionária do gabinete do senador Marcos do Val (Podemos) sofreu uma tentativa de golpe do falso sequestro na última quinta-feira (11), durante o expediente. Os golpistas disseram ter a filha da mulher como refém e que só a libertariam caso recebem R$ 30 mil. Após checarem o paradeiro da jovem, constataram que tratava-se do golpe do falso sequestro.
Segundo relatou o parlamentar, a funcionária participava de uma reunião com ele, no gabinete de Brasília, quando ela recebeu no celular a ligação proveniente de um número desconhecido.
A versão inventada pelos golpistas era a de que a filha da funcionária havia presenciado um assalto e acionado a polícia. A presença dos policiais teria ocasionado um confronto que resultou na morte de um dos assaltantes.
Uma parte do bando, então, teria localizado a denunciante e a mantido sob cárcere privado e sob agressões. A partir daí, pediram dinheiro em troca da vida da jovem, que vive em um Estado do Nordeste.
Como a funcionária ficou muito nervosa com as informações e com a voz que parecia ser da filha, Do Val assumiu a conversa já prevendo que poderia se tratar de um golpe.
"Peguei o celular e me apresentei como tio da menina. Comecei a falar na linguagem deles, enquanto falei para minha equipe tentar achar a menina. Ela estava na faculdade, e por isso não atendia. Eles pediam R$ 30 mil. Eu falei que não tinha aquilo tudo, que tinha menos. E aí pediram para ir em uma casa lotérica depositar", contou o senador.
Um familiar da jovem supostamente sequestrada foi até a faculdade e a localizou, em segurança. O senador imagina que a ligação tenha partido de algum presídio de Estado do Nordeste. Ele pretende solicitar uma investigação sobre a origem do telefonema e, em seguida, solicitar ao Estado uma vistoria no presídios.
Marcos do Val não acredita que a tentativa de golpe tenha relação com ataques sofridas por ele em abril por meio de e-mails anônimos. Em uma das mensagens, o desconhecido disse que atacaria a família de Do Val caso o pacote anticrime elaborado pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, fosse aprovado. O senador é relator de de um dos projetos inspirados nas propostas apresentadas pelo ex-juiz federal.
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