A primeira sessão da Assembleia Legislativa após o recesso parlamentar, nesta segunda-feira (3), foi marcada por elogios dos deputados ao governador Renato Casagrande (PSB) pela atuação do Executivo na tragédia das chuvas e menções a Erick Musso (Republicanos), presidente da Casa.
O vice-presidente da Assembleia, Marcelo Santos (PDT), que no início presidiu a sessão solene, foi o primeiro a lembrar que Erick convocou os deputados, a pedido de Casagrande, ainda durante o recesso para votar projetos de ajuda aos atingidos pelas chuvas em ciadaes do Sul do Estado e região do Caparaó.
Rafael Favatto (Patriota) foi além: "Nosso presidente teve um papel fundamental na estão das chuvas". "Parabéns, presidente", complementou, já olhando para Erick, que assumira o comando da solenidade. "Parabéns também, governador", lembrou.
Quero ressaltar o trabalho que o governador Casagrande, o governador mais bem avaliado do país, fez em favor das vítimas da tragédia, emendou Euclério Sampaio (sem partido).
Casagrande não estava presente, havia ido a Brasília justamente tratar de recursos do governo federal para as cidades afetadas pelas chuvas. A vice-governadora Jaqueline Moraes (PSB) o representou.
O deputado Enivaldo dos Anjos (PSD), aliás, fez questão de ressaltar duas ausências: as de representantes do Ministério Público Estadual (MPES) e do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) na sessão de instalação dos trabalhos do ano legislativo.
Para Enivaldo, houve "descaso" e falta de "carinho e atenção" com a Assembleia, que são demonstrados, no entanto, ainda de acordo com o deputado, na véspera da votação do Orçamento do Estado.
E mais: "A Assembleia tem sido parceira de todos os Poderes. Aprovamos uma lei em favor do Ministério Público que foi criticada em todo o Espírito Santo. E eles nem comparecem", afirmou o deputado.
Em julho do ano passado, a Casa aprovou a criação de 307 cargos comissionados para o MP, sendo 216 de assessores para promotores de Justiça. O projeto foi de autoria do procurador-geral de Justiça, Eder Pontes, e acabou sancionado pelo governador. O socialista vetou somente a criação de 13º de auxílio-alimentação para servidores da instituição.
A reportagem acionou o TJES e o MPES, mas não houve resposta sobre as críticas do deputado até a publicação desta matéria. Pelo Tribunal de Contas (TCES), estava o vice-presidente da Corte, Domingos Taufner.
A disputa pela Prefeitura de Vitória, sim, fez-se presente na sessão. O deputado José Esmeraldo (MDB), que não é conhecido por ser discreto, fez mais um de seus discursos repletos de frases de efeito. Ele é pai de Sérgio Sá (PSB), vice-prefeito de Vitória e pré-candidato à prefeitura da Capital.
Após assinar o livro de pré-candidaturas do PSB, Sá acabou exonerado pelo prefeito Luciano Rezende (Cidadania) da secretaria de Obras e Habitação, que até então comandava. Luciano apoia a pré-candidatura de Fabrício Gandini (Cidadania) na disputa pela prefeitura.
"A Assembleia está iniciando o ano em banho-maria. Vai ter banho e não vai ser para 'Maria' só não", afirmou. "As perseguições já começaram. Às vezes, em vez de atrapalhar, ajudam", afirmou Esmeraldo.
"Prefeito tem que ser honesto, competente, tem que ter currículo. Não pode ser de faz-de-conta", continuou, sem citar nomes.
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