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Gleisi e Haddad visitam Lula para discutir saída da prisão

Gleisi e Haddad visitam Lula para discutir saída da prisão

O pedido para que ele progredisse do regime fechado para o semiaberto foi feito na sexta (27) pelos procuradores da Operação Lava Jato

Publicado em 30 de setembro de 2019 às 11:48

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Lula durante entrevista na sede da PF em Curitiba, onde está preso. (Marlene Bergamo/Folhapress - 26/04/2019)

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad discutiram com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na manhã desta segunda-feira (30), a possibilidade de ele sair da prisão. Os dois são advogados de Lula.

Além de Gleisi e Haddad, participaram da conversa o tesoureiro do PT, Emídio de Souza, que também tem procuração para defender Lula, e os advogados Luiz Eduardo Greenhalg, Cristiano Zanin e Valeska Teixeira.

DESCONFIANÇA

O PT reagiu com desconfiança ao pedido dos procuradores. "Por que isso agora? É um pedido sem precedentes na história da Lava Jato", diz Gleisi.

A suspeita é que os procuradores tentam, com a eventual saída de Lula, esvaziar o julgamento sobre a suspeição de Sergio Moro no Supremo Tribunal Federal (STF), que deve ocorrer até o fim de novembro.

O ex-juiz é acusado de parcialidade na condução do processo. Se for considerado suspeito, a sentença que proferiu no caso do tríplex pode ser anulada e tudo voltaria à estaca zero. 

Lula resiste a aceitar condições para deixar a prisão. Ele já disse que se recusa a usar tornozeleira, por meio da qual o condenado é monitorado eletronicamente.

Advogados dizem que ele não aceitaria também ficar em prisão domiciliar, opção que a Justiça pode apresentar por não ter estabelecimento prisional para recebê-lo em regime semiaberto.

O ex-presidente está preso desde o dia 7 abril de 2018 em uma cela especial da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR).

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A pena de Lula foi definida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em oito anos, 10 meses e 20 dias. O petista foi condenado sob a acusação de aceitar a propriedade de um tríplex, em Guarujá (SP), como propina paga pela OAS em troca de três contratos com a Petrobras, o que ele sempre negou.

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