O Governo do Estado informou, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), que distribuirá mais de um milhão de equipamentos de proteção individual (EPIs) para os 78 municípios capixabas. A medida já foi iniciada na última semana e faz parte de um conjunto de ações de combate à pandemia do novo coronavírus.
A Sesa, por meio de nota, também informou que nesta terça-feira (21) chegaram mais materiais enviados pelo Ministério da Saúde, sendo 120 mil máscaras cirúrgicas e 8 mil aventais. Além disso, há processo de compra em andamento de 3.500 máscaras cirúrgicas e 500 mil máscaras N95, além de aventais, com previsão de entrega até o início de maio.
O órgão afirmou que tem dado suporte para hospitais, municípios e outros órgãos, visando a garantir que cada um tenha os equipamentos de proteção necessários para o combate ao novo coronavírus.
O Espírito Santo começa a ver um rápido avanço do número de profissionais da saúde infectados por coronavírus. Dos 1.313 casos da doença no Estado, segundo informações da Secretaria de Saúde divulgados nesta terça-feira (21), 206 são pessoas que trabalham na área. O total de trabalhadores como médicos, enfermeiros, assistentes e auxiliares, além de empregados dos setores de serviços hospitalar, já representa 15% dos registros da nova doença no Estado.
Até segunda-feira, dos 1.212 casos de Covid-19 confirmados, 171 eram entre pessoas que atuam nessa categoria. Representantes dos trabalhadores afirmam que um dos principais problemas enfrentados é a falta de equipamentos de proteção individual.
O presidente do Sindicato dos Médicos do Espírito Santo, Otto Baptista, explica que todos os profissionais da saúde devem estar protegidos pela utilização de máscaras, óculos, gorros, aventais e álcool em gel. No entanto, a realidade dos hospitais do Estado é precária, na opinião dele.
"Todos os setores de saúde a nível de Espírito Santo há uma falha de cerca de dois a três itens, na maioria de três itens, que contribui de maneira direta para a contaminação desses profissionais", pontua Otto.
O Conselho Regional de Enfermagem fez vistorias por hospitais e unidades de saúde. A presidente, Andressa Barcellos, afirma que algumas instituições, inclusive, estimulam os funcionários a usar máscaras para além do tempo determinado pelos fabricantes.
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