O deputado estadual Fabrício Gandini (Cidadania) e o ex-prefeito de Vitória João Coser (PT) aparecem rigorosamente empatados na disputa pela Prefeitura da Capital do Espírito Santo, com 22% cada um. Esse é o resultado da primeira pesquisa realizada pelo Ibope a pedido da Rede Gazeta nas eleições 2020.
O recorte é na intenção estimulada de voto, quando os nomes dos candidatos são previamente apresentados aos entrevistados. Quando o olhar é para a intenção espontânea, sem que os nomes sejam mostrados, pouca coisa muda: Coser tem 13% e Gandini, 12%. É um empate técnico, já que a margem de erro da pesquisa é de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos.
É na rejeição, no entanto, que vem a diferença: quando o questionamento é sobre em quem os eleitores não votariam em hipótese alguma, Coser é o mais rejeitado entre todos os candidatos a prefeito de Vitória, com 35%. Gandini, por sua vez, é rejeitado por 18%.
O deputado estadual é o candidato do atual prefeito, Luciano Rezende (Cidadania), que já está no segundo mandato consecutivo e, assim, não disputa a reeleição.
Coser, por sua vez, foi prefeito da cidade por dois mandatos, de 2005 a 2012, e é uma das principais lideranças do PT no Espírito Santo. O último pleito que disputou, em 2018, foi para deputado federal. Não foi eleito.
O PSB do governador Renato Casagrande tem candidato em Vitória, é o atual vice-prefeito da cidade, Sergio Sá, que rompeu com Luciano Rezende. Sá tem 5% das intenções de voto estimuladas.
Mas tem digital do PSB também na candidatura de Gandini. O Cidadania, presidido pelo deputado no Espírito Santo, é um dos principais aliados do governo estadual. A convenção do Cidadania em Vitória contou com nomes de peso do Palácio Anchieta, como o secretário de Governo, Tyago Hoffmann (PSB).
Os demais candidatos estão embolados na disputa. Após Coser e Gandini aparece Lorenzo Pazolini (Republicanos), com 10% das intenções de voto estimuladas. Neuzinha de Oliveira (PSDB), com 7%, e Capitão Assumção (Patriota), com 6%, aparecem em seguida. Mais uma vez, considerando que a margem de erro é de 4 pontos percentuais, estão bem próximos uns dos outros.
O cenário é parecido na intenção espontânea. Sem serem avisados sobre quem são os candidatos a prefeito de Vitória, 43% não souberam dizer em quem devem votar. Mas quem lembrou de um nome preferido manteve a disputa apertada.
Quando questionados sobre em qual candidato não votariam de jeito nenhum, o mais rejeitado, depois de Coser (35%), é Assumção, com 31%.
O menos rejeitado é Halpher Luiggi (6%), afilhado político do ex-senador Magno Malta. Mas Halpher não foi mencionado quando a pergunta era sobre em quem o entrevistado pretendia votar. Veja os resultados:
O 1º turno da eleição será em 15 de novembro. Vitória, por ter mais de 200 mil eleitores, pode ter segundo turno, marcado para 29 de novembro. O segundo turno ocorre quando nenhum dos candidatos alcança a metade dos votos válidos mais um.
Os entrevistados também foram questionados pelo Ibope, "independentemente da sua intenção de voto, na sua opinião, quem será o próximo prefeito de Vitória?". Veja os resultados:
A pesquisa eleitoral do Ibope foi realizada entre os dias 11 e 12 de outubro, com 602 entrevistas. O nível de confiança utilizado é de 95% e a margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos. Foram realizadas entrevistas pessoais com utilização de questionário elaborado de acordo com os objetivos da pesquisa. As pessoas selecionadas para as entrevistas são de acordo com as proporções na população de sexo, grupos de idade, instrução e atividade econômica. O levantamento está registrado no Tribunal Regional Eleitoral sob o protocolo ES?00783/2020.
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