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Imbrochável e Ku Klux Klan: o que diz o Google sobre os presidenciáveis

Imbrochável e Ku Klux Klan: o que diz o Google sobre os presidenciáveis

Esses são alguns dos assuntos mais pesquisados na plataforma a respeito dos nomes que disputam comando do Palácio do Planalto

Publicado em 12 de setembro de 2022 às 18:56

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Google lançou plataforma com dados mais procurados pelos internautas sobre a disputa presidencial em 2022
Google lançou plataforma com dados mais procurados pelos internautas sobre a disputa presidencial em 2022. (A Gazeta)

Repercussões dos atos e discursos do 7 de Setembro – que teve coro de “imbrochável” puxado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) –, citação ao grupo que prega a supremacia branca Ku Klux Klan em fala do candidato Lula (PT) e a morte da rainha Elizabeth II, da Inglaterra. Faltando 20 dias para as eleições, esses são alguns dos assuntos que aparecem no topo da lista dos mais procurados no Google em torno dos candidatos à Presidência.

Os dados aparecem na Central de Dados do Google Trends, que recentemente relançou a ferramenta com foco nas Eleições 2022, inaugurada em 2018. Trata-se de um baú de informações sobre o que os brasileiros estão pesquisando sobre os candidatos à presidência, o processo eleitoral no Brasil e os temas relevantes para as eleições. Os dados são atualizados em tempo real. 

Der acordo com os dados atualizados nesta segunda-feira (12), nos últimos sete dias Jair Bolsonaro aparece com 56% do volume de buscas, seguido por Lula (PT), com 36%. Na sequência vêm Ciro Gomes (PDT, com 5% e Simone Tebet (MDB), com 3%. Os demais candidatos não chegam a marcar 1%. Como alerta a página, os números do Google Trends mostram o interesse de busca por um candidato e não devem ser interpretados como intenção de voto. 

A plataforma também apresenta o que os usuários do serviço de buscas no Brasil querem saber sobre os candidatos à Presidência. O termo “imbrochável” aparece em três das cinco pesquisas mais realizadas com o nome Bolsonaro. A palavra aparece mais de uma vez porque também é buscada sem acento e ainda com outra grafia (imbroxavel).

O assunto ganhou destaque no último dia 7 de Setembro e desde então segue em alta no Google. Em evento oficial em Brasília pelo Bicentenário da Independência, em tom de campanha, o presidente Jair Bolsonaro gritou a palavra – que não existe no dicionário – depois de dar um beijo na primeira-dama Michelle Bolsonaro. O neologismo, que faz referência ao desempenho sexual, gerou forte repercussão negativa. 

MORTE DA RAINHA

Já nas cinco pesquisas mais realizadas com o nome do candidato Lula nos últimos sete dias, em primeiro lugar está o termo "Ku Klux Klan", em referência ao movimento que surgiu nos Estados Unidos em 1860, com correntes que persistem até os dias atuais, que defende bandeiras extremistas como a supremacia branca, o nacionalismo branco e a anti-imigração.

As pesquisas de Lula asociadas ao KKK começaram no dia 8 de setembro, quando, em discurso em Nova Iguaçu (RJ), o ex-presidente e candidato do PT afirmou que Bolsonaro fez dos atos cívicos de 7 de setembro uma “festa pessoal” e comparou os eventos a uma reunião do grupo racista e antissemita. A cidade fluminense em que Lula proferiu o discurso também aparece entre os termos mais buscados. 

A coligação do presidente Jair Bolsonaro entrou com ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que os vídeos em que Lula compara os atos de 7 de Setembro a uma reunião da Ku Klux Klan sejam retirados do ar. Eles ainda estão disponíveis nos perfis oficiais da campanha petista no YouTube.

Em seguida, aparece o nome do ex-presidente ao lado do nome da rainha Elizabeth II, morta no último dia 8, e em terceiro lugar o termo “faqueiro”, relacionado a uma informação falsa de que o objeto, que teria sido doado pela rainha da Inglaterra ao presidente Costa e Silva, foi levado pelo ex-presidente Lula ao deixar o Palácio do Planalto.

Nas buscas relacionadas a Ciro Gomes, o interesse dos internautas voltou-se para o suposto ataque sofrido pelo candidato durante campanha no Rio Grande do Sul (os termos "atacado" e "porto alegre" surgem junto ao nome do político). Já nas pesquisas em tono de Simone Tebet, o termo mais associado é o nome de Negra Jhô, como é conhecida a cabeleireira baiana Valdemira Telma de Jesus Sacramento, que acusa a candidata do MDB de uso indevido da sua imagem na propaganda eleitoral de TV. 

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