As redes sociais se tornaram uma importante ferramenta na corrida eleitoral, ajudando a dar mais visibilidade para quem está na disputa. No Espírito Santo, Instagram e Facebook são as plataformas mais populares entre os candidatos — acompanhando, em certa medida, a preferência dos brasileiros quando se trata de consumo sobre conteúdos políticos, conforme identificado na pesquisa "A Cara da Democracia".
Levantamento de A Gazeta na página de divulgação de candidaturas aponta que, dos 758 nomes que concorrem nas eleições de 2022 no Estado — governador, vice, senador, deputados federal e estadual —, 270 informaram à Justiça Eleitoral perfis no Instagram, o que representa 35,62% dos candidatos, e 221, no Facebook, ou 29,15% dos concorrentes.
Uma parcela deles também optou por criar sites pessoais, ou disponibilizaram o do mandato, nos casos de candidatos que já ocupam uma função pública. Esses perfis representam 11,34% dos quem disputam a eleição neste domingo (2). As outras redes têm uma participação mais tímida dos candidatos do Espírito Santo.
Entre os candidatos há os que tentam se aproximar de todos os públicos, incluindo os mais jovens que têm preferência pelo TikTok, e mantêm perfil ativo em todas as redes sociais. Os candidatos ao governo do Estado, Aridelmo Teixeira (Novo) e Guerino Zanon (PSD), por exemplo, estão nas seis plataformas pesquisadas e ainda no Linkedin. Buscando a reeleição, o governador Renato Casagrande (PSB) também é bem atuante nas redes e apenas não apresentou um site pessoal à Justiça Eleitoral.
Na disputa para o Senado Federal, as últimas pesquisas indicaram que Magno Malta (PL) e Rose de Freitas (MDB) têm um embate direto. No quesito preferência por redes sociais, ambos com seis perfis diferentes, também tentam alcançar os eleitores em variadas plataformas.
Outros candidatos, porém, optam por direcionar sua atuação na internet para as plataformas preferidas dos internautas ou aquelas em que têm mais domínio para fazer postagens. Por essa razão, Instagram e Facebook lideram a preferência.
Agora, é de se surpreender que muitos dos concorrentes não tenham uma rede social sequer para se apresentar aos eleitores, considerando que pesquisas já revelaram que 76% das pessoas se informam pela internet. Entre os nove na disputa ao Senado, três se encaixam nesse perfil — Antônio Bungestab (PRTB), Carone (Agir) e Coronel Lugato (DC).
Mas não são eles, apenas. Entre os candidatos a uma vaga na Assembleia Legislativa ou na Câmara Federal, mais de 400 não têm perfil em rede social para fazer campanha, entre os quais o comunicador Camargão (PSD), em sua primeira disputa, e concorrentes com mandato, como o deputado federal Neucimar Fraga (PP) e o deputado estadual Delegado Danilo Bahiense (PL).
Mas registrar os perfis das redes sociais perante a Justiça Eleitoral não é um mero protocolo. É uma exigência da lei para quem quer usar o espaço para campanha. Isso porque propaganda paga só pode ser feita pelo candidato ou pelas organizações partidárias, e essa publicidade deve ser identificada como peça eleitoral no local em que for divulgada.
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