A avaliação negativa da administração do presidente Jair Bolsonaro (PL) caiu de 47% para 39% entre os eleitores capixabas, revelou a pesquisa feita pelo Ipec a pedido da Rede Gazeta divulgada na quarta-feira (17).
A queda de 8 pontos percentuais entre os entrevistados que consideram a gestão Bolsonaro ruim ou péssima foi registrada no comparativo entre as pesquisas realizadas em maio e em agosto de 2022 pelo instituto no Espírito Santo.
Dos 39% que avaliam negativamente o governo do atual presidente da República, 28% o consideram péssimo e 11% ruim. A gestão é considerada regular por 26% dos entrevistados. Já a avaliação positiva da gestão soma 35%, sendo que 20% a classificam como boa e 15% como ótima. Os que não sabem avaliar ou não responderam somam 1%.
Em maio, 22% dos entrevistados pela pesquisa Ipec/Rede Gazeta consideravam a administração de Bolsonaro regular e 29% avaliavam positivamente a gestão, sendo 16% como boa e 13% como ótima. Entre os que a classificavam de forma negativa naquele mês, 35% afirmavam que a gestão era péssima e 12% que era ruim.
A comparação entre as duas pesquisas mostra uma melhora numérica significativa da avaliação geral do governo Bolsonaro. Além da redução em 8 pontos percentuais dos que consideram o governo ruim ou péssimo, de maio para agosto aumentou em 6 pontos percentuais a avaliação positiva da gestão presidencial.
Com isso, a diferença entre a avaliação negativa e a positiva do atual presidente da República sofreu redução de 14 pontos percentuais. Em maio, a diferença era de 18 pontos percentuais (47% negativa e 29% positiva); em agosto, passou para 4 pontos percentuais (39% negativa e 35% negativa).
O levantamento foi realizado pelo Ipec, instituto de pesquisa criado por ex-executivos do Ibope Inteligência, que encerrou suas atividades em 2021.
A gestão de Bolsonaro tem uma avaliação mais negativa entre os jovens, sendo que 46% dos que têm entre 16 e 24 anos a avaliam como ruim e péssima, enquanto 24% nessa faixa etária a consideram boa e ótima.
Mas o pior índice obtido pela administração do presidente da República foi entre as pessoas que não têm religião ou são de outras denominações, exceto católicos e evangélicos, entre os quais 52% afirmam que a gestão é ruim ou péssima.
A avaliação mais positiva, por outro lado, vem dos evangélicos, pois 44% afirmam que a gestão de Bolsonaro é boa e ótima; 43% das pessoas acima de 60 anos também afirmam isso, bem como 41% dos que têm ensino superior.
Entre os que têm ensino fundamental, o desempenho da gestão é mais negativa e soma 45% de avaliação ruim e péssima.
Em relação à renda dos entrevistados pela pesquisa Ipec, 44% dos que ganham mais de cinco salários mínimos consideram boa e ótima a gestão Bolsonaro, enquanto esse índice cai para 27% entre os que têm renda familiar de até um salário mínimo.
A avaliação negativa, por sua vez, fica menor entre os com renda mais alta, sendo 34% os que recebem acima de cinco salários mínimos e consideram a administração ruim ou péssima, enquanto nas demais faixas de renda essa soma varia de 40% a 41%.
Em maio, a soma dos índices negativos (ruim e péssimo) superava 50% em diversos nichos: 58% entre os que são de outras religiões; 57% entre os mais jovens; 54% entre os mais pobres; 52% entre as mulheres; e 51% entre os com nível superior. No levantamento realizado este mês, a avaliação negativa se manteve acima de 50% apenas entre o primeiro grupo e passou para 38% entre as mulheres.
A pesquisa eleitoral Rede Gazeta/Ipec foi realizada entre os dias 14 e 16 de agosto, com 608 entrevistas em 24 municípios. O nível de confiança utilizado é de 95% e a margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos. Foram realizadas entrevistas pessoais por amostragem com utilização de questionário elaborado conforme os objetivos da pesquisa. As pessoas foram selecionadas para as entrevistas de acordo com as proporções na população de grupos de idade, sexo, instrução e atividade econômica. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES), sob o protocolo ES-09385/2022, e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob protocolo BR-07979/2022.
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