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Ipec explica que voto útil e indecisos causaram divergência entre pesquisa e urnas no ES

Ipec explica que voto útil e indecisos causaram divergência entre pesquisa e urnas no ES

Para Márcia Cavallari, CEO do Ipec, motivo da diferença nos resultados está na forte movimentação dos candidatos do PL na última hora, o que ocorreu no Espírito Santo e também em geral no país

Publicado em 3 de outubro de 2022 às 21:56

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Ipec: 63% dos eleitores não mudam mais o voto para o governo do ES
Eleição para o governo do ES: Ipec vê movimento de decisão de voto de última hora após as últimas pesquisas. (Arte: Geraldo Neto)
Ipec explica que voto útil e indecisos causaram divergência entre pesquisa e urnas no ES

A decisão pelo voto útil e a escolha dos indecisos na última hora são os motivos apontados pelo Ipec pela diferença dos números de intenções de voto apontados na pesquisa na véspera da eleição do resultado das urnas no Espírito Santo. A avaliação é da CEO do Ipec, Márcia Cavallari.

A pesquisa divulgada no sábado (1º) apontou que Casagrande tinha 59% dos votos válidos e Manato estaria em segundo com 25%, com isso o atual governador poderia vencer em primeiro turno.

Já no domingo (2), após o fim da apuração, Casagrande tinha recebido 46,94% dos votos válidos, enquanto Manato alcançou 38,48% dos votos válidos, 13 pontos percentuais a mais do que apontado pelo Ipec. Com isso, a decisão para governador ficou para o segundo turno depois de 28 anos.

Para Márcia Cavallari, uma explicação para a diferença nos resultados está na forte movimentação dos candidatos do PL na última hora, o que ocorreu no Espírito Santo e também em geral no país, por movimentação de redes sociais.

“A gente tinha também no Espírito Santo uma proporção de três em cada dez eleitores que diziam que poderiam mudar de voto para governador até eleição, e essa movimentação em geral foi para candidato do PL, com migração direta de eleitores de Casagrande para Manato”, afirma.

Sobre o resultado do Senado, a pesquisa da véspera apontava Rose de Freitas (MDB) com 44% dos votos válidos e Magno Malta (PL) com 37%. Magno, no entanto, foi eleito com  com 41,95% dos votos válidos, contra 38,17% de Rose.

Segundo ela, esse contexto era considerado empate técnico, que acabou com o candidato do PL favorecido pela já citada movimentação casada dos candidatos a presidente, governador e senador do PL. “Na eleição para o Senado, 50% dos eleitores não sabiam em quem votar na véspera”, explica.

O resultado de Bolsonaro nas urnas, com seis pontos a mais do que estimado nas pesquisas – foram 43% dos votos válidos nas urnas contra 37% na pesquisa da véspera –, ela acredita que foi resultado de um voto útil dos indecisos, que eram 3%.

Outro motivo seria também a migração de parte dos eleitores de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) para impedir uma possível vitória do ex-presidente Lula (PT) no primeiro turno, que figurava com 51% na pesquisa.

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A pesquisa não tem papel de fazer projeção do resultado futuro e não é uma verdade absoluta. É um momento do eleitor e tem espaço para mudar

Márcia Cavallari
CEO do Ipec
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Para os próximos levantamentos a serem realizados até o segundo turno, dia 30 de outubro, ela acredita que não deve haver mudança na metodologia – que no Espírito Santo é presencial –, visto que os outros formatos como robôs ou entrevistas por telefone também não conseguiram captar o avanço do bolsonarismo.

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