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Ipec: um terço dos eleitores da Serra decidiu voto na última semana

Ipec: um terço dos eleitores da Serra decidiu voto na última semana

Pesquisa divulgada na sexta-feira (18) mostra que houve grande volatilidade no eleitorado serrano, resultando em Audifax Barcelos (PP) fora do segundo turno

Publicado em 20 de outubro de 2024 às 09:30

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Ipec: um terço dos eleitores da Serra decidiu voto na última semana
Ipec: 15% dos eleitores afirmaram que decidiram o voto no dia da eleição. (Arte A Gazeta)

Um terço dos eleitores da Serra decidiu em qual prefeito votar no primeiro turno das Eleições 2024 na última semana do pleito, ocorrido em 6 de outubro. É o que mostra a pesquisa Ipec, realizada a pedido da Rede Gazetadivulgada na última sexta-feira (18)

O Ipec questionou os entrevistados sobre quando eles tomaram a decisão de quem votar e 15% afirmaram que decidiram no dia da eleição, 13% disseram que foi na semana antes da eleição e 3% disse que foi no dia anterior ao pleito. Esses índices juntos mostram que 31% do eleitorado decidiu o voto na última semana da data de votação.

Na avaliação da CEO do Ipec, Márcia Cavallari Nunes, os números mostram que o eleitor tem deixado para decidir em quem votar mais próximo ao dia do pleito. 

"Quase 1/3 dos eleitores tomaram sua decisão definitiva de voto na semana da eleição, sendo que metade deles no dia da eleição. Os eleitores estão definindo o seu voto cada vez mais tarde. Esperam até o último momento para avaliar o seu candidato e consagrar o seu voto. Esperam o último debate, a última entrevista, as últimas ações de campanha para, daí sim, tomar a decisão definitiva. Por isso, sempre reforçamos que a pesquisa eleitoral mede a intenção de voto no momento em que ela é realizada, não sendo um prognóstico eleitoral", diz a CEO.

A última pesquisa Ipec divulgada em 5 de outubro, um dia antes do primeiro turno, mostrava Audifax Barcelos (PP) na liderança, com 37% das intenções de votos válidos, seguido de Weverson Meireles (PDT), com 29%, e Pablo Muribeca (Republicanos), com 28%. 

Esse levantamento mostrou uma queda de 7 pontos percentuais do progressista em relação ao levantamento feito na cidade em 2 de setembro, e um crescimento do pedetista, que saiu de 15% para 29%, empatando com Audifax dentro da margem de erro de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.

Muribeca, por sua vez, havia oscilado quatro pontos percentuais dentro da margem de erro e empatava com Weverson. 

Havia uma expectativa de que Audifax iria para o segundo turno e a dúvida era sobre quem iria para a disputa com ele. No entanto, após a finalização da apuração da votação na noite de 6 de outubro, Weverson contabilizou 39,66% dos votos válidos e Muribeca 25,2%. O progressista ficou de fora, com 23,96%.

Márcia ressalta que as pesquisas já mostravam que poderiam ocorrer mudanças na última hora, em função de alguns indicadores que apontavam para uma grande volatilidade, nos quais ela destaca:

  • A queda acentuada de Audifax e o crescimento significativo de Weverson Meireles da primeira para a segunda pesquisa do primeiro turno. Pablo Muribeca apenas oscilou de uma pesquisa para outra;
  • Às vésperas da eleição, 29% não sabiam dizer espontaneamente em quem votariam. Quanto mais consolidado o voto, menor é o número de indecisos na pergunta espontânea. Esse índice apontava para possíveis mudanças;
  • 32% declaravam que poderiam mudar o seu voto na véspera da eleição. Entre eleitores de Audifax, esse índice era de 35%;
  • 11% dos que declaravam intenção de votar em Audifax disseram que talvez não fossem votar ou não iriam com certeza;
  • A pergunta sobre o momento de decisão do primeiro turno comprova que o cenário eleitoral não estava consolidado e que mudanças poderiam acontecer, como de fato ocorreu: Audifax ficou fora do segundo turno.

Na divisão por candidatos, a pesquisa aponta que 36% dos eleitores com voto declarado a Audifax decidiram votar nele na última semana da eleição, enquanto 28% dos eleitores de Weverson e 23% dos de Muribeca tomaram essa decisão nesse mesmo período. 

A CEO do Ipec destaca que havia uma volatilidade maior nos eleitores de Audifax.

"Audifax aparecia em primeiro lugar nas pesquisas muito em função de ser o candidato mais conhecido da população de Serra, por já ter sido prefeito da cidade por várias vezes", afirma Márcia.  

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À medida que Weverson foi se tornando mais conhecido e as pessoas ficaram sabendo que o prefeito Sergio Vidigal, que tem uma avaliação muito boa, o apoiava, cresceu de forma significativa, passando para o segundo turno em primeiro lugar

Márcia Cavallari Nunes
CEO do Ipec
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