A vice-governadora Jaqueline Moraes (PSB) tomou posse nesta sexta-feira (20), em substituição ao governador Renato Casagrande (PSB), que fará viagem à Itália. Ela fica no comando do Estado por uma semana, até o dia 27 de setembro.
Jaqueline é a primeira mulher a assumir o cargo de governadora do Espírito Santo ao menos desde a Proclamação da República, em 1889, há 130 anos.
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Na cerimônia de transmissão do cargo, Casagrande anunciou que fará uma nova viagem internacional em novembro, a Portugal.
Na ocasião, o Poder Executivo do Estado, mais uma vez, estará sob responsabilidade de Jaqueline. "Não trabalha muito não, vai com calma, que é para não cansar", brincou Casagrande.
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Inicialmente, a cerimônia ocorreria no gabinete do governador, no Palácio Anchieta. Mas a presença de apoiadores e convidados fez o evento ser transferido para o salão São Tiago.
DISCURSO
Embora a espontaneidade seja predominante nos discursos de Jaqueline, a mensagem que ela levou à posse foi colocada no papel. E algumas das linhas usadas por ela no conteúdo começaram a ser redigidas ainda três dias antes de ser convidada por Casagrande para concorrer como vice.
Na mensagem, ode a mulheres que se destacaram na história capixaba, como Luiza Grimaldi, Maria Ortiz e Judith Leão Castello Ribeiro. "Ao citar as mulheres, lembro um pouco da minha trajetória de vida. E quando penso... meu Deus! Agradeço a Ele todos os dias por ter me concedido a oportunidade de, junto com a população do Espírito Santo, escrever mais um capítulo da história", disse.
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As menções especiais à família, por conta da compreensão pelos períodos de ausência, forçaram Jaqueline a segurar as lágrimas. Outro ponto de destaque do discurso foi a reafirmação de total lealdade ao governador Casagrande.
Para a governadora interina, o "maestro Casagrande" teve a sensibilidade de perceber a "invisibilidade feminina, tanto na política como na sociedade" para trazer as mulheres "para o centro do poder no Estado do Espírito Santo".
MEDIDAS
A primeira medida concreta a ser tomada pela governadora é assinar um decreto que cria o observatório de políticas públicas para as mulheres, em parceria com o Instituto Jones dos Santos Neves e secretarias.
Jaqueline explicou que o observatório terá como objetivo reunir mais informações sobre as condições das mulheres do Estado, para além daqueles que dizem respeito à violência. O plano é buscar, por exemplo, informações sobre a saúde das mulheres e sobre empreendedorismo feminino.
Nos sete dias de interinidade, agendas de entregas nas cidades do interior também estão previstas.
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