A Justiça mandou prender novamente o vereador Waldeir de Freitas Lopes, de Linhares, suspeito de mandar matar o ativista político Jonas Soprani em junho de 2021. O vereador já havia sido preso no dia 29 de julho do ano passado, mas depois teve a liberdade concedida. Em decisão nesta terça-feira (3), a 1ª Vara Criminal de Linhares voltou a determinar a prisão preventiva do suspeito
Jonas da Silva Soprani era ativista político e foi candidato a vereador nas eleições municipais de 2020. Ele foi assassinado a tiros na noite do dia 23 de junho, em um bar do bairro Novo Horizonte.
O processo corre em sigilo, mas a reportagem de A Gazeta teve acesso ao mandado, que pede a prisão imediata do vereador. Procurada, a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) informou que Waldeir ainda não deu entrada em nenhuma unidade prisional.
A reportagem também procurou a Polícia Civil para saber se o mandado de prisão foi cumprido e para onde o vereador foi encaminhado. Assim que houver retorno, este texto será atualizado.
O advogado Leandro de Freitas, que representa a defesa de Waldeir de Freitas Lopes, disse que o processo está em segredo de justiça, por isso, ele não pode passar detalhes sobre o caso. O jurista informou que segue trabalhando para provar a inocência de seu cliente.
Leandro disse ainda que respeita os autos do processo, mas acredita que a prisão não é necessária. Por fim, o advogado explicou que vai estudar os motivos que levaram a Justiça a determinar a prisão e, após isso, vai protocolar um pedido de habeas corpus.
Na ocasião do crime, testemunhas relataram à polícia que dois homens armados e encapuzados teriam chegado no bar efetuando disparos contra Jonas Soprani. Após ser atingido com os disparos, ele chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado para o Hospital Geral de Linhares (HGL), mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Pouco menos de um mês depois, no dia 20 de julho, a Polícia Civil chegou até os dois suspeitos de serem os executores de Soprani — os irmãos gêmeos Cosme Damasceno e Damião Damasceno.
O terceiro identificado por envolvimento no crime foi o vereador Waldeir de Freitas Lopes, apontado como o mandante. Ele foi preso em um hotel em Belo Horizonte (MG), onde participava de um curso. Poucas horas após o assassinato, o parlamentar chegou a postar nas redes sociais uma mensagem lamentando a morte da vítima e pedindo justiça no caso.
Além do vereador, o assessor dele, Josenilton Alves dos Santos, também é investigado por intermediar o contato com os executores do assassinato. Ele chegou a ser preso na época do crime, junto com o vereador, mas teve a liberdade conseguida.
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