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Justiça manda soltar mãe presa após filha morrer baleada em Vila Velha

Justiça manda soltar mãe presa após filha morrer baleada em Vila Velha

Lucimar Mouro Gonandy havia sido presa por homicídio culposo e porte ilegal de arma após a filha dela, Naiany Gonandy, de 32 anos, morrer atingida por tiro acidental na terça (3)

Publicado em 4 de maio de 2022 às 16:11

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À esquerda, a jovem Naiany Gonandy; à direita, a arma da qual saiu o disparo acidental que a matou
À esquerda, a jovem Naiany Gonandy; à direita, a arma da qual saiu o disparo acidental que a matou. (Acervo da família | Archimedis Patricio | Montagem A Gazeta)

Em audiência de custódia nesta quarta-feira (4), a Justiça concedeu liberdade provisória para Lucimar Gonçalves Mouro Gonandy, de 56 anos. Ela é mãe de Naiany Gonandy, de 32 anos, que morreu na tarde de terça-feira (3) atingida por um tiro na axila dentro de casa, no bairro Aribiri, em Vila Velha

No mesmo dia em que a filha morreu, a mulher foi presa em flagrante por homicídio culposo — quando não há intenção de matar — e posse ilegal de arma de fogo. Na decisão, a juíza Raquel de Almeida Valinho considerou que o disparo que matou Naiany ocorreu acidentalmente, durante uma faxina.

Aspas de citação

A vítima foi socorrida, mas faleceu, sendo narrado que a genitora da vítima disparou acidentalmente a arma de fogo quando estava limpando o móvel onde o armamento ficava

Raquel de Almeida Valinho
Juíza de direito
Aspas de citação

Já segundo o relato da família à TV Gazeta, a própria Naiany estaria arrumando um guarda-roupas quando a arma teria caído no chão, ocorrendo o disparo acidental. A jovem chegou a ser socorrida para o Hospital Estadual Antônio Bezerra de Faria, também em Vila Velha, mas não resistiu.

Para conceder a liberdade sem necessidade de fiança, a magistrada também tratou da ausência de antecedentes criminais e entendeu que a indiciada solta não oferece perigo ou afetará o processo legal. "Verifico que estão ausentes os requisitos que autorizariam a prisão preventiva", afirmou Raquel.

Questionada pela reportagem de A Gazeta, a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), que é responsável pelo sistema prisional capixaba, confirmou que Lucimar Gonçalves Mouro Gonandy foi liberada mediante um alvará de soltura no início da tarde desta quarta-feira (4).

ARMA ANTIGA E INVESTIGÃO

Conforme informado por policiais civis, a arma é uma garrucha calibre 22 antiga e não teria mais um meio de segurança eficaz. Dessa forma, apenas por estar carregada (com munição), já ofereceria risco a quem a manuseasse. Uma foto mostra que parte dela apresenta sinais de ferrugem.

Depois da morte da vítima, Lucimar prestou depoimento à Polícia Civil. Segundo a corporação, a suspeita informou que a arma pertencia à família e foi herdada por um parente já falecido. O caso segue sob investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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