Candidato à Prefeitura de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos) participou de entrevista ao vivo na TV Gazeta, nesta segunda-feira (23). Pazolini falou sobre a importância de melhorar os índices da Educação e também aliar a estrutura e acolhimento das escolas a questões da Segurança Pública e Trânsito.
O candidato comentou ainda sobre um projeto, que já foi iniciado na cidade, que, segundo ele, tem como objetivo plantar uma árvore para cada habitante.
A TV Gazeta faz uma série de entrevistas com os principais candidatos às prefeituras dos quatro maiores colégios eleitorais do Espírito Santo. Os candidatos às prefeituras de Vila Velha, Cariacica e Serra que pontuaram 5% ou mais nas últimas pesquisas de intenção de voto foram entrevistados nas últimas três semanas, no estúdio do Bom Dia ES, entre 8h e 8h30.
Nesta semana, os candidatos ao comando da Capital vão ser ouvidos no Gazeta Meio Dia. Lorenzo Pazolini foi o primeiro. Nesta terça-feira (24), será a vez do candidato João Coser (PT), seguido de Luiz Paulo (PSDB) na quarta (25) e Assumção na quinta (26).
O atual prefeito Lorenzo Pazolini começou a entrevista falando sobre Segurança Pública e comentando o fato de que Vitória concentra quase metade das 25 mortes em confrontos registradas no Estado em 2024.
Para Pazolini, segurança é um grande desafio em todas as metrópoles do mundo e, em Vitória, a questão está sendo enfrentada de maneira integrada com as áreas de educação e assistência social, e também com as forças de segurança estaduais e federais.
“Nós recriamos a Guarda Municipal de Vitória, reformulamos o plano de carreiras e subsídios, trouxemos a tecnologia da informação, refizemos a questão de armamentos e viaturas, e temos focado na integração. [...] Concomitante a essas ações de repressão, temos incentivado muitas práticas pedagógicas e educacionais e de assistência social”, pontuou.
Em um segundo momento, o candidato falou sobre os pontos viciados de drogas na cidade e o acolhimento dos moradores em situação de rua, ressaltando a criação de um abrigo 24h.
“Na nossa gestão, até julho, foram 1.395 pessoas abordadas e conduzidas à Polícia Civil, contribuindo para um ambiente mais saudável na cidade. Vencemos essa realidade com foco nas ações sociais, criamos um abrigo 24h na cidade. Temos médicos, psicólogos, assistentes sociais, oferecemos capacitação e hoje temos pessoas que são estudantes do Ifes ou estão no mercado de trabalho formal. Temos também Centro Pop com refeição à noite, que não existia”, disse.
Perguntado sobre as mortes no trânsito da cidade e como melhorar essa realidade, Pazolini falou sobre o aumento de atuações realizadas pela Guarda Municipal e pontuou que a atuação tem sido feita com o auxílio de tecnologia, como drones, viaturas e armamentos novos. Disse ainda que é fundamental aliar a educação, desde a escola, para o enfrentamento dessa realidade.
“Nós reforçamos a atuação da Guarda. Quem anda na cidade em qualquer hora do dia tem visto a presença maçiça nos pontos de maiores acidentes. Fazemos mapeamentos da ações, das rotinas e as ações são baseadas em um roteiro científico, programado, ou seja, onde tem mais acidente a Guarda tem presença maior. [...] Mas é fundamental o investimento na educação dos jovens. Por isso, nós temos programas que funcionam dentro das escolas. Temos 43 mil estudantes na Capital. Nós levamos a educação para os mais jovens e eles se tornam agentes fiscalizadores”, avaliou.
Ainda sobre Mobilidade Urbana, o atual prefeito comentou as críticas de que o asfalto está sendo trocado em diversos pontos da cidade, mesmo sem a necessidade.
“Nós tínhamos certeza de que o asfalto estava comprometido. Quando chovia, havia sempre muito buraco na cidade. O condutor, os motociclistas, quem está no coletivo sabe o que eu estou falando. [...] O certo e o indicado por pareceres técnicos e por estudos de quem entende era fazer essa recuperação completa. E com uma inovação: fizemos obras à noite, sem gerar prejuízo no trânsito. Fizemos a Beira-Mar, Jardim Camburi, mas começamos pelas área periféricas, na Rodovia Serafim Derenzi, estamos fazendo a Grande Santo Antônio. Atendemos a cidade por inteira, pela primeira vez, em toda a cidade, sem distinção”, afirmou.
Quando foi perguntado sobre Educação e o fato de Vitória ser a cidade que mais gasta por aluno da rede municipal, o candidato justificou apontando as melhorias feitas nas escolas da rede e o aumento de escolas em tempo integral.
“Nós saímos de apenas quatro escolas de tempo integral para 30 escolas, e vamos expandir ainda mais. Na educação, os resultados são colhidos a longo prazo. Fizemos mudança de metodologia, alteração das rotinas pedagógicas e os resultados já surgiram, como com a melhoria do índice do Ideb”, apontou.
O candidato disse que está reduzindo a desigualdade entre escolas que ficam em bairros nobres e periferia com investimentos.
“Estamos entregando a Escola Paulo Roberto, em São Benedito, que foi prometida por anos à comunidade. Essa desigualdade ainda existe porque a escola não chegava para as crianças da comunidade. O que nós temos feito é exatamente levar para essas comunidades a esperança e escola de qualidade”, garantiu.
Lorenzo Pazolini falou também sobre o Centro de Vitória. Disse que o abandono da região é histórico e que atrair as pessoas de volta é um processo de convencimento.
“Se você olhar as salas, nós temos muitas salas ocupadas porque hoje o Centro tem uma alíquota de apenas 2%, bem menor do que os 5% no restante da cidade. O nosso grande desafio são as lojas comerciais, do varejo. Temos que atrair as pessoas. É um processo de convencimento”, relatou.
Por fim, o candidato falou sobre a ideia de plantar uma árvore por habitante em Vitória, com o auxílio de drones.
“Fizemos um grande inventário das árvores. Temos catalogados espécies, locais, o número total. Agora iniciamos o projeto Vix Flora, que está plantando uma árvore para cada morador da Capital. Isso acontece através de drones, que lançam sementes em locais, que obviamente vão germinar, gerar frutos e vão ter novas árvores na cidade. São mais ou menos 350 mil novas árvores”, afirmou.
Pazolini comentou ainda as acusações de que tenha contratado R$ 500 milhões em serviços que precisariam de licitação sem realizar esse processo. Disse que são "mentiras infundadas", que têm como objetivo desinformar a sociedade, às vésperas da eleição, e que não foram feitas denúncias formais sobre isso.
Antes de fazer as suas considerações finais, Lorenzo Pazolini foi perguntado se, eventualmente reeleito, terminaria o seu mandato ou se lançaria candidato a governador do Estado em 2026.
“A vida nos apresenta diversas oportunidades. Eu me tornei o segundo deputado mais votado desse Estado, tendo me filiado no período final, fazendo uma campanha bem reduzida e bem simples. Da mesma forma, foi para prefeito da capital. Então, eu não posso prever o que vai acontecer amanhã. [...] O meu compromisso é continuar trabalhando até o último dia que eu estiver à frente da Prefeitura de Vitória. Esse compromisso eu assumo, porque é o que eu já faço e vou continuar fazendo”, disse.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta