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‘Lula não precisa de uma agenda de esquerda, mas de pragmatismo’, diz Casagrande a jornal

‘Lula não precisa de uma agenda de esquerda, mas de pragmatismo’, diz Casagrande a jornal

Em entrevista ao Estadão, governador do ES afirma que presidente deve focar na agenda econômica e que governo precisa de unidade para passar a mensagem de compromisso com o equilíbrio das contas públicas

Publicado em 17 de junho de 2024 às 09:09

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Governador Renato Casagrande discursa no lançamento do Anuário de Petróleo e Gás
Governador Renato Casagrande . (Hélio Filho/Secom)

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB) disse, em entrevista ao Estadão publicada domingo (16), que é a favor de que políticos de esquerda busquem o ajuste fiscal como forma de obter “resultados efetivos” na administração pública. O assunto é espinhoso para partidos como o dele e para o PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atualmente às voltas com cobranças para entregar um maior equilíbrio nas contas do governo.

“Frequentemente há especulação de que existe uma disputa interna no governo entre quem quer gastar mais e quem não quer gastar. Este é um sinal ruim, que demonstra que não tem uma unidade de ação do governo. E isso passa uma mensagem, para um setor da sociedade, que não há preocupação com as contas públicas e com a busca do equilíbrio nas contas públicas. Sinto que isso tem afastado pessoas que estiveram com o presidente Lula do apoio ao governo federal”, afirmou Casagrande ao Estadão.

O governador, que integra a base aliada do presidente, também disse, na entrevista, que Lula deve apostar no ajuste como forma de reconquistar aliados que já estiveram no lado dele contra adversários à direita. Casagrande ainda defende que o presidente insista na aproximação com segmentos da sociedade mais conservadores, cada vez mais representativos no Congresso e na política. Ele prevê que a onda conservadora deverá prosseguir tanto nas eleições municipais deste ano quanto em 2026.

“Lula não precisa de uma agenda de esquerda. Tributação de grandes fortunas? Poderia ser um tema, mas não vai entrar. O presidente tem que ir conduzindo no dia a dia, focando na agenda econômica e nas necessidades do governo, compreendendo que esta é a realidade agora e que será a realidade daqui para frente”, afirma.

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[Lula] Não tem que levar para o Congresso Nacional nenhum debate que possa fortalecer posições ideológicas. Agora é a necessidade do pragmatismo do ato de governar

Renato Casagrande (PSB)
Governador do ES, em entrevista ao Estadão
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A reportagem destaca que o "o governador administra um Estado pequeno, mas que lançou nomes ao cenário federal identificados com a defesa da responsabilidade fiscal, como o ex-governador Paulo Hartung, hoje na iniciativa privada, e a ex-secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi, hoje executiva do Santander".

Na avaliação dele, ainda segundo a matéria do Estadão, o ajuste pode e deve ser feito também pelo lado das despesas.

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O controle de despesas é fundamental. Buscar o equilíbrio das contas não é uma tarefa de um presidente ou de um governo de esquerda ou de direita, mas de qualquer um

Renato Casagrande (PSB)
Governador do ES, em entrevista ao Estadão
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“São resultados objetivos, efetivos. A partir da hora que você conquista esse equilíbrio, você transforma isso em resultado político. Os partidos progressistas precisam enfrentar esse debate, não pode ser essa a marca dos partidos de esquerda”.

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