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Maioria da bancada capixaba não tem posição sobre PECs de Guedes

Maioria da bancada capixaba não tem posição sobre PECs de Guedes

Equipe econômica do governo Bolsonaro já apresentou três PECs no Senado. Senadores do Espírito Santo ainda querem estudar as propostas; entre os deputados, três sinalizam possível apoio ao governo

Publicado em 7 de novembro de 2019 às 05:02

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Os senadores Marcos do Val, Rose de Freitas e Fabiano Contarato vão analisar as PECs na CCJ. (Moreira Mariz e Marcos Oliveira/Agência Senado)

Com a entrega da primeira parte de um novo pacote de medidas elaboradas pela equipe econômica do governo com mecanismos de ajuste fiscal para a União, Estados e municípios nesta terça-feira (5), no Senado, a maioria da bancada capixaba ainda não tem um posicionamento firmado sobre as propostas. O pacote inclui a três Propostas de Emenda à Constituição: PEC do Pacto Federativo, a PEC Emergencial e a PEC dos Fundos Públicos.

Se aprovados, os textos criariam mecanismos automáticos de ajuste das contas públicas em momentos de crise fiscal, além de redefinir a divisão de recursos. O governo entregou as propostas ao Senado, invertendo a ordem tradicional de as tramitações começarem pela Câmara, em razão de os assuntos terem a ver com os Estados da Federação, os quais o Senado representa.

Entre os senadores, que serão os primeiros a votar as PECs, Fabiano Contarato (Rede) declarou que irá estudar os projetos detidamente. "Este é o momento de analisar com bastante calma para debater bem. Temos de ter cautela com tudo porque para perder direitos sociais é fácil, mas conquistá-los é muito difícil", disse.

Rose de Freitas (Podemos) também afirmou que ainda precisa avaliar ponto a ponto. "A PEC do Pacto Federativo deve ter uma boa aceitação, mas a PEC Emergencial tem muitos pontos controvertidos. São projetos amplos, que não podem ser votados a toque de caixa. Vamos estudá-los", afirmou. O senador Marcos do Val (Podemos) não deu retorno à reportagem.

Contarato, Rose e Do Val são membros titulares da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que é a primeira a analisar a admissibilidade das propostas. Se forem admitidas pela CCJ, o mérito das PECs é analisado por uma comissão especial, que pode alterar a proposta original. Só depois o texto vai ao plenário, para ser votado em dois turnos. Na sequência, ainda precisará ser votado na Câmara dos Deputados.

Entre os deputados federais, Felipe Rigoni (PSB), Soraya Manato (PSL) e Lauriete (PL) já declararam que devem se posicionar favoráveis ao texto.

VEJA O QUE DIZEM OS DEPUTADOS

Amaro Neto (PRB) - EM ANÁLISE: "As propostas apresentadas pelo governo federal vieram num momento em que o ajuste fiscal e a redução de despesas se fazem necessários para criar condições de crescimento sustentável ao país. Entretanto, temos que avaliar ponto a ponto de cada item e dialogar muito. Será necessário um debate aprofundado, que já deve começar na próxima semana, de acordo com o colégio de líderes."

Da Vitória (Cidadania) - EM ANÁLISE: "As propostas encaminhadas pelo governo ao Congresso têm o objetivo de equilibrar as contas públicas, dar maior autonomia e capacidade financeira a Estados e municípios e permitir que o governo e a sociedade tenham mais condições para decidir onde serão investidos os recursos públicos. São muitas propostas que foram apresentadas e que teremos que analisar. O Congresso, em especial aqui na Câmara da qual fazemos parte, já demonstrou que está atento e vai aprovar as reformas necessárias para o Brasil retomar o crescimento econômico, gerar emprego e renda - como foi com a reforma da Previdência e está sendo com a reforma tributária."

Soraya Manato (PSL) - A FAVOR: "Tenho consciência de que as medidas que compõem o Plano Mais Brasil são propostas ambiciosas, têm a pretensão de transformar o estado brasileiro e potencial de gerar impacto econômico de R$ 670 bilhões. Antes de sua apresentação no Congresso, o ministro Paulo Guedes já havia conversado com lideranças e com os presidentes da Câmara e do Senado. Acredito que o Congresso debruçará agora em toda a extensão do Plano e o analisará sobre o que caberá ou não ao Brasil neste momento de sua história. Mas, estou confiante de que o Plano será bem aceito, afinal as propostas foram lançadas para o bem do nosso País".

Felipe Rigoni (PSB) - A FAVOR: "As medidas são positivas para o desenvolvimento do país, em primeiro lugar, porque apontam um foco do Governo após a aprovação da reforma da Previdência. A PEC da Emergência Fiscal, similar à PEC 438, que relato na Câmara, deve ser tratada como prioridade porque retoma nosso direito de escolha sobre o que fazer com o dinheiro público. Para retomar investimentos em saúde e educação, é preciso definir prioridades e reduzir gastos obrigatórios".

Helder Salomão (PT) - EM ANÁLISE: Por nota, o deputado disse que a bancada está reunida estudando a matéria e que prefere não comentar no momento.

Lauriete (PL) - A FAVOR: "Vou estudar profundamente o Plano mais Brasil, que é a principal tentativa da equipe econômica para mudar a gestão das contas públicas nas três esferas de governo, com a criação de um novo marco institucional para o país. Vejo com bons olhos tudo que o governo apresentar para resgatar a economia brasileira. Todos devem fazer sua parte. Quero conhecer bem todos os pontos do ajuste fiscal e do equilíbrio da receita, descentralizando os recursos".

Norma Ayub (DEM) - EM ANÁLISE: Está tomando conhecimento da matéria.

Ted Conti (PSB) - EM ANÁLISE: O deputado Ted Conti disse, em nota, que está avaliando o pacote. "São propostas importantes e impactantes que precisam ser analisadas e debatidas à exaustão."

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* Os deputados Evair de Melo (PP) e Sérgio Vidigal (PDT) não deram retorno à reportagem.

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