O prefeito da Serra, Sergio Vidigal (PDT), nomeou mais dois ex-vereadores da cidade para cargos na administração do município. Eleito para o mandato de 2017 a 2020 na Câmara e agora sem cadeira no Legislativo, Pastor Ailton (PSC) foi escolhido para ser diretor do departamento de atividades auxiliares, enquanto Fabinho Correa (PSC), que foi vereador entre 2005 e 2008, é o novo coordenador de administração predial. Eles disputaram as eleições novamente em 2020, mas não tiveram votos suficientes para se eleger.
Os cargos que os dois ex-parlamentares vão ocupar são lotados na Secretaria de Administração e Recursos Humanos (Sead). As nomeações foram publicadas no Diário Oficial da Serra nesta quinta-feira (21).
Pastor Ailton, além de se candidatar a vereador em 2020 – recebendo 1.491 votos – participou da campanha da candidata a prefeita Gracimeri Gaviorno (PSC), no 1º turno. Já no segundo, quando Vidigal enfrentou Fabio Duarte (Rede) na disputa pela prefeitura, o ex-vereador apoiou o atual prefeito.
O pastor, de acordo com informações prestadas por ele à Justiça Eleitoral, tem curso superior em Tecnologia em Gestão Pública. Também do PSC, Fabinho obteve 515 votos como candidato a vereador em 2020. No registro de candidatura ele informou que possui ensino médio completo, mas não declarou qual profissão exerce.
A reportagem de A Gazeta já havia publicado que outros três ex-vereadores foram nomeados na gestão de Vidigal. Somados às duas nomeações desta quinta-feira, chega a cinco o número de ex-parlamentares derrotados em 2020 acolhidos na prefeitura, sendo que quatro faziam parte da última legislatura.
Além dos ex-vereadores, outros candidatos a vereador que não obtiveram sucesso nas eleições também ganharam cargos na prefeitura. Um deles é Fernando da Guarda (Republicanos), que recebeu 281 votos em 2020. Ele é guarda municipal concursado no município, mas foi nomeado como inspetor, que é um cargo comissionado, ou seja, de livre nomeação do prefeito.
Outro servidor efetivo que participou da eleição, mas não foi eleito vereador, é o enfermeiro Sérgio Ávila (PDT), que recebeu 965 votos em 2020. Correligionário de Vidigal, ele foi nomeado assessor de planejamento estratégico, ligado à Secretaria Municipal de Saúde.
No total, já são ao menos 11 nomeações no município de pessoas que participaram da última eleição e que agora fazem parte da gestão de Vidigal. Entre elas, o que recebeu o cargo mais alto foi o secretário-geral do PL no Espírito Santo, Flávio Serri, que coordenou em 2020 a campanha de Alexandre Xambinho (PL), que é deputado estadual e concorreu com Vidigal o cargo de prefeito, no primeiro turno. Serri foi nomeado assessor especial da coordenadoria de governo.
O novo subsecretário de trabalho, emprego e renda, Guilherme Lima (PSB), também foi adversário de Vidigal no primeiro turno, quando era vice na chapa do deputado estadual e candidato a prefeito Bruno Lamas (PSB).
Outros três vereadores foram nomeados na gestão: Aécio Leite (PT), que recebeu 1.221 votos para vereador, mas, sem ser reeleito, foi nomeado assessor técnico parlamentar na prefeitura; Stéfano Andrade (PSD), que não disputou a eleição, mas ganhou o cargo de assessor técnico da Secretaria de Habitação; e Fabão da Habitação (PSB), que teve 1.953 votos para vereador, não se reelegeu, mas foi escolhido pelo prefeito para o cargo de assessor técnico da Secretaria de Habitação.
Ainda completam a lista de candidatos derrotados no pleito o professor Renato Ribeiro (Cidadania), nomeado secretário adjunto de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer; Raphaella Serri (PDT), escolhida como chefe da divisão de apoio administrativo; e André Montarroyos (PTB), que agora é coordenador de administração predial.
Procurada nesta quinta-feira (21) pela reportagem, a Prefeitura da Serra, como na ocasião anterior em que foi questionada sobre a nomeação de derrotados nas eleições para cargos na administração, informou apenas que “as nomeações e exonerações são de livre escolha do gestor, de acordo com a capacidade técnica exigida pelos cargos”.
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