O prefeito Luciano Rezende (Cidadania) e o presidente da Câmara de Vitória, Cleber Felix (PP), reuniram-se no final da tarde de quinta-feira (21) pela primeira vez após o pedido de suplementação feito pelo parlamentar à prefeitura.
Clebinho, como é mais conhecido, quer R$ 1,5 milhão para arcar com despesas do Legislativo municipal. Luciano ainda não respondeu oficialmente.
A assessoria do prefeito confirmou o encontro e disse que a reunião ocorreu a pedido do presidente da Câmara. E que Luciano ouviu o que Clebinho tinha a dizer, mas ainda não se decidiu.
Uma fonte com trânsito na prefeitura conta que Cleber Felix saiu nada contente do gabinete de Luciano.
Procurado mais de uma vez por A Gazeta nesta sexta, ele não retornou aos telefonemas.
Um tuíte do prefeito logo no início da manhã dá o tom, apesar de não citar nomes: "NÁO É: me dá mais dinheiro, aeh!! É: gaste melhor e economize o dinheiro público, aeh!", publicou.
Cleber Felix já apontou o orçamento deixado pelo antecessor, Vinicius Simões (Cidadania), como motivo para o arrocho financeiro da Casa. Simões, por sua vez, diz que vai solicitar ao Tribunal de Contas (TCES) e ao Ministério Público (MPES) uma auditoria nas contas de Clebinho.
Aliados do presidente da Câmara também querem uma auditoria, mas nos números da gestão de Simões.
Inicialmente o valor da suplementação pretendida era de R$ 2 milhões, mas após ajustes o montante foi reduzido. Luciano já deu uma mãozinha para a Câmara. Foram liberados R$ 230,9 mil. Mas Cleber Felix alertou que, sem o restante, até o pagamento dos servidores do Legislativo pode ficar comprometido.
Em 2018, assim como no ano anterior, o orçamento da Câmara ficou em cerca de R$ 28,2 milhões. Já para 2019, foram reservados para a Casa cerca de R$ 27,7 milhões ou R$ 500 mil a menos que em 2018, como mostrou o colunista Vitor Vogas.
Como a redução é menor do que o rombo, Simões, que, como dita a regra da administração pública, elaborou o orçamento de 2019 para o sucessor, diz que o problema não foram os R$ 500 mil a menos e sim aumentos de despesa definidos pelo atual presidente, como um reajuste no contrato de limpeza pública da Câmara.
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