Alvo no Espírito Santo da operação da Polícia Federal deflagrada na última quinta (8) mirando o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, o major da reserva do Exército Brasileiro Angelo Martins Denicoli foi afastado do cargo de assessor especial que ocupava na Prodesp, empresa pública de TI do Estado de São Paulo.
Denicoli é apontado pela PF por suposta ligação à tentativa de Golpe de Estado e de abolição violenta do Estado Democrático de Direito nos ataques de 8 de janeiro de 2023. Embora morasse em Colatina, estava lotado na empresa pública paulista e recebia salário de R$ 32 mil.
A Prodesp confirmou o afastamento do servidor, mas não detalhou se há prazo definido para o afastamento e também não respondeu se no período ele continua recebendo sua remuneração.
O major Angelo Martins Denicoli, morador de Colatina e da reserva do Exército Brasileiro, é suspeito de integrar grupos que promoviam ataques virtuais a opositores, ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao sistema eletrônico de votação e ao processo eleitoral brasileiro.
Além disso, segundo a PF, Denicoli está supostamente ligado à tentativa de Golpe de Estado e de abolição violenta do Estado Democrático de Direito — configurados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023. Ele também era reconhecido por promover ataques e informações falsas contra a Covid-19 e as medidas sanitárias da pandemia.
O major está proibido de manter contato com os demais investigados, até por meio de seus advogados, e também não pode deixar o Brasil, tendo tido prazo para entregar seu passaporte às autoridades até a última sexta-feira (9).
De acordo com as investigações, Angelo estaria ligado ao grupo que fazia uso da estrutura do Estado para obtenção de vantagens, como usos de cartões corporativos para pagamentos de despesas pessoais.
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