> >
Major do ES é indiciado com Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado

Major do ES é indiciado com Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado

Angelo Martins Denicoli, morador de Colatina, estava proibido de manter contato com os demais investigados, além de não poder deixar o Brasil; ele é um dos 37 nomes em lista de indiciados divulgada nesta quinta-feira (21)

Publicado em 21 de novembro de 2024 às 16:53

Ícone - Tempo de Leitura 2min de leitura
Angelo Denicoli e o ex-presidente Jair Bolsonaro
Angelo Denicoli e o ex-presidente Jair Bolsonaro. (Divulgação / Redes Sociais)

A Polícia Federal (PF) divulgou nesta quinta-feira (21) o nome dos 37 indiciados, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na investigação que apurou a existência de uma organização criminosa responsável por atuar de forma coordenada, em 2022, na tentativa de manutenção do então presidente da República no poder. Na lista está o major da reserva do Exército Angelo Martins Denicoli, morador de Colatina, no Noroeste do Estado.

O relatório final da PF foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) com o indiciamento dos investigados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. A reportagem de A Gazeta tenta contato com Angelo. Este texto poderá ser atualizado a qualquer momento.

A PF ainda informou que as provas que embasaram o relatório foram obtidas por meio de diversas diligências policiais realizadas ao longo de quase dois anos, com base em quebra de sigilos telemático, telefônico, bancário, fiscal, colaboração premiada, buscas e apreensões, entre outras medidas devidamente autorizadas pelo poder Judiciário.

As investigações apontaram que os investigados se estruturaram por meio de divisão de tarefas, o que permitiu a individualização das condutas e a constatação da existência dos seguintes grupos:

Major do ES é indiciado com Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado

Alvo de operação no início do ano

A primeira menção do envolvimento do major do Espírito Santo em supostas articulações visando a um golpe de Estado aconteceu no início deste ano, quando ele foi apontado como um dos alvos da PF, por meio da operação "Tempus Veritatis", deflagrada em fevereiro. Bolsonaro e seus aliados também faziam parte do rol de investigados.

À época, a PF asseverou que Denicoli estava supostamente ligado à tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado Democrático de Direito — configurados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023. Ele também era reconhecido por promover ataques e informações falsas contra a Covid-19 e as medidas sanitárias da pandemia.

Com a deflagração da operação, o major ficou proibido de manter contato com os demais investigados, até por meio de seus advogados, além de não poder deixar o Brasil, tendo que entregar seu passaporte às autoridades policiais. 

Demissão do governo de São Paulo

Pouco mais de uma semana após ter sido alvo da operação da PF, o major teve sua exoneração informada pelo governo paulista, onde ocupava o cargo de assessor especial da Companhia de Processamento de Dados de São Paulo (Prodesp). 

A exoneração ocorreu durante feriado de carnaval, conforme informou a empresa de tecnologia do governo paulista na ocasião. Inicialmente, a Prodesp havia informado que o militar tinha sido apenas afastado do posto.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais