Candidato ao governo do Espírito Santo pelo PL, Carlos Manato foi o primeiro entrevistado de uma série que está sendo realizada pelo G1 ES. Durante a entrevista, o candidato apresentou suas propostas para o governo do Estado para áreas como segurança pública, educação, saúde, infraestrutura e assistência social.
Em uma das propostas, Manato disse que vai implantar uma "polícia de divisa", que reforçará a segurança entre o Espírito Santo e os estados vizinhos, com a ajuda de cães farejadores. "Não vão entrar arma, droga ou carro roubado pelas estradas do Espírito Santo", afirmou.
Na entrevista, Manato, que é médico, também disse concordar com as ações que foram adotadas no Brasil pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) durante a pandemia, no combate ao novo coronavírus. Ele defendeu a postura do presidente em relação à compra de vacinas e ao lockdown, dizendo que não teria fechado o comércio no Estado se fosse o governador na época.
Nesta terça-feira (23), o entrevistado pelo G1, às 14 horas, será o candidato da Rede, Audifax Barcelos. Na quarta-feira (24), será a vez do atual governador Renato Casagrande (PSB), que tenta a reeleição. Na quinta-feira (25) o entrevistado será Guerino Zanon (PSD) e, na sexta-feira, serão ouvidos Cláudio Paiva (PRTB), Capitão Vinicius Sousa (PSTU) e Aridelmo Teixeira (Novo).
O ex-deputado federal defende o armamento da população para a redução dos índices de criminalidade. Ele afirma que, com o aumento no número de pessoas armadas, a quantidade de homicídios diminuiu.
“Para impedir a ação de bandidos, vamos criar a polícia de divisa nas estradas que ligam o Espírito Santo aos estados vizinhos, com cão farejador. Não vão entrar arma, droga ou carro roubado pelas estradas do Espírito Santo. Vamos continuar vigilantes pelo mar e pelo ar. E para trabalhar nessa função vamos chamar os policiais que estão na reserva”, disse.
Para ajudar os moradores que estão na linha da pobreza, o candidato aposta na geração de emprego e renda e na capacitação, de forma a garantir que pelo menos um membro da família trabalhe.
“Vamos usar instituições que já fazem trabalho social sem aparecer, como Rotary, maçonaria e igrejas. As igrejas têm área física, projeto social e entram onde o Estado não entra. Vamos pegar os projetos sociais da igreja e investir, como parceiros, apoiando e ampliando suas atuações”, promete.
Questionado como avalia a gestão da pandemia feita pelo governo federal, Manato disse concordar com as ações adotadas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.
“O presidente foi contra o Carnaval em 2020 e, quando apareceu a vacina, ele comprou. Mas questionou a aplicação de uma vacina cujos efeitos ainda não tinham sido descobertos e os laboratórios não aceitavam que a responsabilidade fosse deles. O presidente também achou que não deveria obrigar as pessoas a tomar a vacina”, lembra Manato, que é médico.
Manato criticou a atuação do governo estadual na pandemia pelo fato de ter interrompido cirurgias devido à covid e também por ter destinado o maior hospital do Espírito Santo, o Jayme dos Santos Neves, para atender somente a casos da doença provocada pelo vírus.
“Pessoas não foram operadas com câncer, hérnia, vesícula. Por que o governo não fez hospital de campanha? Colocaria um na região do Pavilhão de Carapina com gripário, que é uma área de isolamento onde a pessoa vai até ser diagnosticada e seria um hospital a mais. O governo recebeu dinheiro para fazer isso e poderia estruturar via Organizações Sociais. Não ia fechar o Jayme só para covid e também não teria fechado o comércio”, afirma.
Para a Saúde, Manato defende a descentralização, o fortalecimento de hospitais do interior e também a implantação da telemedicina.
“Vamos comprar exames da rede privada como ressonância, tomografia e ultrassom em horário noturno, além de sábados, domingos e feriados. E também estamos em contato com hospitais para que nos vendam cirurgias. A catarata é feita em duas horas e varizes, em seis horas. Há quase 25 mil demandas por cirurgia reprimidas e queremos zerar essa fila da saúde”, defende.
Na área da Educação, sua principal proposta é implementar o modelo cívico-militar, com contraturno para os estudantes aprenderem uma área técnica. Também pretende colocar mais profissionais dentro da escola, como psicólogos para atenderem tanto alunos e professores quanto as famílias e também assistente social para visitar as famílias em áreas mais carentes.
“Vamos implementar o programa menor aprendiz do Estado para estudantes da escola pública terem a oportunidade de fazer estágio do 1° ao 3° ano do ensino médio, como um preparatório para o primeiro emprego”, propõe.
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