No dia em que o Brasil ultrapassou a marca de 500 mil mortos por Covid-19, manifestantes protestaram contra o governo de Jair Bolsonaro (sem partido), neste sábado (19), em todo o país. Em Vitória, no Espírito Santo, os participantes do ato questionaram a atuação do presidente durante a pandemia do coronavírus, pediram a aceleração da vacinação contra a doença provocada pelo vírus e pediram o impeachment de Bolsonaro.
A manifestação durou quase quatro horas na Capital, levando-se em conta o período de concentração das pessoas. O grupo se reuniu em frente ao Teatro da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), no bairro Goiabeiras, em Vitória e, por volta das 16h30, seguiu em caminhada até a Assembleia Legislativa do Espírito Santo. Por volta das 18h40, já na sede do Legislativo estadual, o ato foi finalizado.
No protesto contra o governo, estiveram presentes famílias, inclusive com crianças, estudantes e representantes de diversos movimentos sociais. Vários participantes carregavam cartazes e faixas com frases contra o presidente, como "fora, Bolsonaro". Com tambores e gritos de ordem, os manifestantes chamavam o chefe do Executivo federal de "genocida", em alusão ao alto número de óbitos provocados pela Covid-19 no Brasil.
O grupo se concentrou em frente ao Teatro Universitário da Ufes a partir de 15 horas e, depois, seguiu em caminhada por ruas e avenidas de Vitória. A maioria dos participantes usou máscaras de proteção contra a Covid-19 durante o ato.
Houve distribuição de máscaras de proteção e álcool em gel para os manifestantes pelos organizadores do ato. Os participantes também foram alertados sobre importância do distanciamento social durante a passeata.
Equipes da Guarda Municipal de Vitória acompanharam os manifestantes para dar apoio na fluidez do trânsito ao longo do trajeto. A Polícia Militar também informou que esteve no local para fazer a segurança do ato. De acordo com a corporação, militares estavam posicionados em pontos estratégicos para acompanhar a manifestação.
Após se reunir em frente ao Teatro da Ufes, os manifestantes seguiram pela Avenida Fernando Ferrari em direção à Ponte da Passagem. O grupo ocupou duas faixas da pista. Após passar pela ponte, o ato chegou à Reta da Penha, ocupando as três faixas da avenida no sentido da Praça do Cauê. O grupo seguiu até a Assembleia Legislativa.
Às 18h30, o grupo chegou à Assembleia. O grupo de manifestantes estendeu faixas em protesto à gestão do presidente da República e acendeu sinalizadores. Um boneco do presidente com metade do rosto simulando um crânio e com marcas de tinta vermelha, para lembrar o sangue, foi colocado em frente à sede do Legislativo. Por volta das 18h40, o ato foi finalizado e os manifestantes dispersaram.
Os protestos acontecem menos de um mês depois dos atos nacionais chamados de 29M, em alusão à data em que foram realizados, 29 de maio, e no momento em que o Brasil ultrapassou 500 mil mortes por Covid-19. Entre as pautas levantadas pelos manifestantes estão pedidos de mais vacinas contra a Covid-19, o impeachment do presidente e a retomada do auxílio emergencial.
Atos contra o presidente foram registrados em outras cidades do país, sendo os maiores em Brasília, no Distrito Federal, com manifestantes na Esplanada dos Ministérios, e no Rio de Janeiro. Em São Paulo, o protesto está marcado para ter início às 16h, na Avenida Paulista.
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