O presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, deputado Marcelo Santos (Podemos), admitiu que aceitaria ser presidente do União Brasil no Espírito Santo, caso lhe for dada essa oportunidade.
O parlamentar foi indagado pela reportagem de A Gazeta, na noite desta sexta-feira (21), durante sessão solene realizada na Casa de Leis, se realmente estaria prestes a se filiar ao União, legenda que atualmente é presidida no Espírito Santo pelo secretário de Estado de Meio Ambiente, Felipe Rigoni. Também foi questionado se teria interesse em assumir o comando da sigla, conforme tem sido especulado nos bastidores políticos.
Marcelo disse que o que há de mais concreto até agora sobre sua possível ida para o União Brasil é um convite feito pelo atual presidente nacional do partido, o advogado Antônio Rueda, empossado no cargo há pouco mais de uma semana.
"Sobre essa questão o que tem é um convite do presidente do União, que não é de agora. Ele (Antônio Rueda) me convidou lá atrás, quando o partido ainda era presidido pelo Luciano Bivar (deputado federal). Tenho uma relação antiga, que não é partidária, com ele", alega o deputado.
Quanto a presidir a legenda no Espírito Santo, Marcelo disse estar totalmente aberto a essa oportunidade. "Estou aberto, é claro. É um partido que eu gosto e que tenho uma identificação. Sou um admirador do governador Ronaldo Caiado (de Goiás) e de outras lideranças que estão dentro do União", afirma o deputado, que ainda sustenta não ter havida nenhuma conversa nesse sentido até o momento, mesmo os bastidores apontando o contrário.
A reportagem também questionou o presidente da Ales se já havia conversado com o presidente estadual da possibilidade de sua filiação à legenda. Marcelo disse que houve um contato nesse sentido quando a legenda ainda era presidida nacionalmente por Luciano Bivar, mas que, depois, não teriam voltado a falar sobre o assunto.
"Lá atrás, quando o presidente ainda era o Bivar, conversei com ele que havia esse convite e que teria essa possibilidade (de filiação). Ele disse que era legal e queria conversar. E ponto. Depois teve aquela briga interna no União e a conversa não prosperou. Com a chegada do Rueda, conversamos um pouco", diz Marcelo.
O presidente da Assembleia ainda ressaltou que o União é, hoje, para ele, atraente como destino partidário, por se tratar de uma legenda aliada ao governo do Estado.
"Jamais discutiria a possibilidade de ir para um partido que não tivesse alinhado com o governador (Renato Casagrande), com quem tenho uma grande parceria, apesar da independência entre os poderes", destaca.
Por fim, Marcelo diz que qualquer ação mais efetiva sobre seu destino partidário após a saída do Podemos deverá ser tomada somente em seguida ao julgamento da Ação de Justificação de Destilação Partidária, que tramita no Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES).
A Corte vai decidir, em sessão plenária cuja data ainda não foi informada, se o deputado poderá deixar o Podemos sem a perda do mandato. O partido já concedeu carta de anuência liberando Marcelo para se filiar a outra legenda.
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