O senador licenciado Marcos do Val (Podemos) foi hostilizado enquanto caminhava no calçadão da Praia de Camburi, em Vitória, na altura da Mata da Praia. Vídeo que circula pelas redes sociais mostra o político de camiseta, bermuda e tênis caminhando pela orla no momento em que um homem começa a dirigir ofensas contra ele.
"A maior vergonha da história capixaba. A vergonha do País e do Estado. Você tem se tratar. Não é coração, não, é a cabeça. Você é muito burro. A SWAT é o c..., rapaz! Você é a maior fake news que tem", diz uma voz masculina no vídeo.
Depois que começou a ser acompanhado pelo homem, que não parava de hostilizá-lo, Do Val passou a se dirigir para outro lado, saindo do calçadão para atravessar a Avenida Dante Micheline. O senador se manteve em silêncio e não rebateu os ataques.
Marcos do Val foi procurado para comentar a situação, mas a assessoria informou que ele não se manifestará.
Em junho, Do Val foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal, em endereços ligados a ele em Brasília (DF) e Vitória. Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Do Val é alvo de inquérito por suspeita de prática de ao menos cinco crimes. Entre eles, estão a divulgação sem justa causa de conteúdo de documento particular ou confidencial e golpe de Estado.
Na Capital Federal, as buscas ocorreram no apartamento funcional ocupado por Do Val e no gabinete dele no Senado. Dois celulares do parlamentar também foram apreendidos pela Polícia Federal.
A autorização judicial para a realização da ação partiu do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Também foi determinado o bloqueio das redes sociais do senador.
Na última quarta-feira (19), Marcos do Val depôs por cerca de 5 horas, na Polícia Federal, sobre suposto plano para dar um golpe de Estado revelado por ele mesmo, em fevereiro deste ano. A trama envolveria a tentativa de gravar o ministro Alexandre de Moraes e torná-lo suspeito para julgar alguns casos, de modo a anular as eleições presidenciais e impedir a posse do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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