Ainda escondendo o jogo sobre seus planos eleitorais, o prefeito de Vila Velha, Max Filho (PSDB), tenta desconversar quando questionado sobre reeleição. Sou um cidadão, posso votar e posso ser votado, afirma. Ele diz, no entanto, que uma possível ameaça ao que foi construído no mandato atual deve empurrá-lo para a disputa.
Temos projetos ganhando grau de maturação grande. Não gostaria que nossos projetos caíssem na mão de alguém que possa destruí-los. Se for representar risco de retrocesso para Vila Velha, me coloco à disposição", comenta, sem, contudo, citar quem viria a ser uma ameaça.
Max Filho é o único prefeito da Grande Vitória que pode tentar a reeleição, pois não está no segundo mandato consecutivo. Nesta semana ele vai começar a dar os primeiros passos no processo eleitoral, ao menos oficialmente.
Em Vila Velha, quem acompanha a política local dá como certa a candidatura do tucano à reeleição. A própria Executiva estadual do PSDB incluiu o nome do prefeito entre os pré-candidatos da legenda no Espírito Santo em levantamento feito por A Gazeta.
Max já tem reuniões marcadas com algumas siglas, entre elas o PSB, do governador Renato Casagrande, do qual ele não esconde querer apoio.
O partido do governador também tem dialogado com outros candidatos, como Rafael Primo (Rede), o ex-prefeito Neucimar Fraga (PSD) e o deputado estadual Doutor Hércules (MDB). Estes últimos já anunciaram que vão caminhar juntos na disputa, mas ainda não decidiram quem vai encabeçar a chapa: "Eu quero que o Hércules venha como prefeito e ele quer que eu venha. Então decidimos que vamos fazer pesquisas e ver o que é o melhor para o processo eleitoral", afirma Neucimar.
Correndo pelas beiradas, um pré-candidato que ainda não se diz pré-candidato, mas que já tem vivido uma fase de pré-campanha, visitando bairros de Vila Velha e conversando com moradores: o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Wagner Borges. Ainda sem filiação, já que tem a prerrogativa, por ser militar, de poder se filiar até 26 de setembro, ele tem sido disputado por dois partidos: Avante e PL.
As conversas com o PL, de Magno Malta, estão bem avançadas e, nos bastidores, há quem afirme que o coronel vai ser realmente candidato pela sigla. Mas o militar deve guardar essa informação até a data final. "Estou vendo se há chances reais de colocar nosso projeto em Vila Velha. Se eu perceber que é possível, lançarei minha candidatura e só depois devo pensar no partido", disse.
Ao contrário de Coronel Wagner, Amarildo Lovato (PSL), pré-candidato a prefeito, já tem a candidatura bem definida. O partido vai vir com uma chapa puro-sangue e já tem um vice: "Vai ser um militar", adianta Lovato. O nome será anunciado na próxima segunda-feira (31), quando deve ocorrer a convenção do partido em Vila Velha.
Hudson Leal (Republicanos), também já está se articulando para a escolha de um vice. "Fiz proposta para o DEM, mas outros partidos fizeram também, tem que ser algo bem acordado, estamos analisando", declarou.
Ricardo Chiabai (Cidadania), Arnaldinho Borgo (Podemos) , Rafael Favatto (Patriota) têm tido uma agenda de reuniões para definir alianças. A maioria ainda não definiu a data das convenções, que devem acontecer bem próximo do prazo final, 15 de setembro.
O Novo, que tem Dalton Moraes como pré-candidato, também tem se articulado no município, apesar de descartar muitas alianças partidárias. A convenção do partido será realizada no dia 3 de setembro.
Aparecem também como pré-candidatos na disputa em Vila Velha: Daniel Costa (PCdoB), José Ailton Vargas (PSOL), José Carlos Nunes (PT), Adriano Rocha (PTC), João Vitor Guimarães Vaz (PV) e Fernanda Martins (PV).
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta