> >
Max Filho: 'Tem candidato prometendo o céu, mas vai entregar o inferno'

Max Filho: "Tem candidato prometendo o céu, mas vai entregar o inferno"

Atual prefeito de Vila Velha fez críticas ao adversário, o vereador Arnaldinho Borgo (Podemos), e afirmou que projetos da prefeitura foram atrasados por ação do grupo que controla a Câmara Municipal

Publicado em 23 de novembro de 2020 às 16:13

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Max Filho (PSDB), candidato à reeleição como prefeito de Vila Velha, em entrevista ao BDES
Max Filho (PSDB), candidato à reeleição em Vila Velha, em entrevista ao Bom Dia Espírito Santo, da TV Gazeta. (Reprodução/Globoplay)

O atual prefeito de Vila Velha e candidato à reeleição, Max Filho (PSDB), apostou em destacar sua experiência como gestor e disparar críticas ao discurso de "renovação" adotado pelo adversário, Arnaldinho Borgo (Podemos), durante entrevista ao Bom Dia Espírito Santo, da TV Gazeta, nesta segunda-feira (23). O prefeito tem 38% das intenções de voto no segundo turno, enquanto Arnaldinho desponta com 58%, segundo pesquisa Ibope publicada no sábado (21).

Max Filho: Tem candidato prometendo o céu, mas vai entregar o inferno

"Não vale a pena acreditar em discursos furados, mentirosos, eleitoreiros. Tem candidato prometendo o céu, mas vai entregar o inferno. Acorda, Vila Velha! No Rio de Janeiro o novo ficou velho no segundo ano do governo, em Vila Velha o novo ficou velho no segundo turno da eleição", alfinetou.

Desde que iniciou a campanha para o segundo turno, Max Filho tem apostado em uma postura mais agressiva em relação ao candidato do Podemos. Durante a entrevista, o atual prefeito falou várias vezes em um "grupo que controla a Câmara de Vila Velha", responsável, de acordo com ele, por atrasar projetos da prefeitura.

"Não é hora de arriscar. Nós tivemos dois prefeitos que se colocaram de joelhos perante o grupo que controla a Câmara de Vila Velha e o povo de Vila Velha me conhece, eu não me coloquei de joelhos. Não é hora de entregar o cofre da Prefeitura de Vila Velha a esse grupo, que achou uma cara nova, uma nova roupagem, mas representa o que há de mais velho e ultrapassado na política do Espírito Santo e de Vila Velha", apontou.

A fala do prefeito pode fazer referência, não a um grupo de vereadores, mas ao atual vereador Ivan Carlini (DEM). O demista ocupa a cadeira de presidente da Casa há 12 anos, ou seja, foi reeleito seis vezes para o cargo. Max Filho tem batido na tecla de que existiria um suposto acordo entre Arnaldinho e Carlini para trazer de volta à Câmara o demista que, após 28 anos, não conseguiu se reeleger em 2020.

O vereador ficou de fora devido a cálculos do quociente eleitoral, mas foi o terceiro mais votado na disputa. Por isso, é o primeiro suplente de Rogério Cardoso (DEM), único vereador eleito pelo partido. De acordo com Max, Arnaldinho, se eleito, chamaria Cardoso para ser secretário de alguma pasta do município e, assim, abriria caminho para que Carlini retornasse à Câmara.  Carlini nega qualquer acordo, conforme mostrou o colunista Leonel Ximenes.  

Na entrevista que o quase ex-parlamentar concedeu ao colunista, disse ser fiel a Max e apoiar a reeleição do prefeito. Desde que assumiu a presidência, Ivan Carlini mantém uma postura de endosso a todas as gestões. De lá para cá, passaram pela prefeitura Neucimar Fraga (PSD), Rodney Miranda (então filiado ao DEM) e Max Filho. 

Seria sob a presidência de Carlini, de acordo com o tucano, que "projetos da prefeitura" foram atrasados, o que prejudicou a atual gestão. Max disse isso ao ser questionado sobre o motivo da demora para a implantação de prontuários eletrônicos nas unidades de saúde, uma tentativa de diminuir as filas de espera na rede municipal.

"Já está implantado em 75% das unidades de saúde e é meta estar em 100% na nossa gestão. Não vamos arriscar paralisar esse fluxo. O sistema de informática de Vila Velha era o mesmo há 30 anos, tivemos que trocar todo o sistema e quando é assim é preciso esperar um ano e meio", justificou.

PROPOSTAS ESTÃO "EM ANDAMENTO"

Ainda sobre a área da saúde, Max Filho afirmou que a estratégia para resolver a alta demanda para especialistas é a de fortalecer o SUS, já que essa seria uma competência do Estado. "Não há dinheiro para tudo", pontuou. "É verdade que os exames e consultas com especialistas são marcados a partir da unidade de saúde, que é a porta de entrada no sistema. Mas esses serviços mais complexos são oferecidos pelo Estado, então depende da regulação do Estado (...) nossa estratégia é fortalecer o SUS, não há dinheiro para tudo", apontou.

O candidato afirma que tem tomado atitudes para alcançar a meta de oferecer até 50% de escolas integrais até 2022. "Estamos construindo o total de 15 escolas, cinco já foram entregues e temos mais 10 agora. Você não consegue garantir ensino integral sem garantir novos espaços escolares (...) não se projetou e construiu nenhuma nova escola no período em que eu estive fora da prefeitura. Não vamos arriscar ao discurso fácil, vazio, tão somente eleitoreiro, mentiroso, enganador, não tem nada de novo. Estamos trabalhando para alcançar as metas do plano nacional de educação", disse. 

A mesma urgência de "continuar os projetos" foi o tom do atual prefeito para falar sobre os problemas de alagamento no município, fonte de uma das principais reclamações dos vilhavelhenses. O governo do Estado publicou, há um mês, duas licitações para construção de galerias de macrodrenagem na região de Cobilândia, uma das que mais sofre com o problema. A previsão é que a obra fique pronta até 2022.

"É momento de dar sequência a esse trabalho. O governo do Estado contratará até dezembro deste ano com 10 novas estações de bombeamento, todas elas serão assumidas pela Prefeitura de Vila Velha. Eu como prefeito já me comprometi. Essa parceria vai dar muito resultado. Não vai ser a prefeitura sozinha que vai dar conta disso", disse. 

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais