Os homens que foram flagrados armados enquanto rondavam a casa do senador Marcos do Val (PPS), em Vitória, no dia 29 de junho, não agiram por motivações políticas e sim com a intenção de roubar dinheiro e joias. Isso é o que afirma o chefe da Polícia Civil do Espírito Santo, delegado José Darcy Arruda, que acompanha as investigações.
As imagens da ação suspeita dos indivíduos foram divulgadas por Marcos do Val na última quinta-feira (4). A ação, no entanto, ocorreu na madrugada do dia 29, data em que o senador estava em sua residência.
De acordo com José Darcy Arruda, os dois rapazes que aparecem no vídeo vigiando a casa já foram identificados. Um deles tem 25 anos e o outro é um menor, de 15 anos. Ambos seriam integrantes do Primeiro Comando de Vitória (PCV), do Complexo da Penha, e seriam também os responsáveis por um roubo registrado recentemente em um bar, em Jardim Camburi.
"Eles desviaram a finalidade dessa organização, que é voltada para o tráfico de drogas e também à defesa e à conquista de territórios", destacou.
INVESTIGAÇÕES
Segundo Arruda, o Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic) chegou aos suspeitos através das imagens e da placa do carro usado por eles na ação, um Corolla preto.
"Encaminhamos as imagens para os setores de inteligência da Sesp (Secretaria de Segurança Pública) e da Polícia Civil, que localizaram o proprietário do carro. Enviamos, então, a investigação para o Deic. O motorista que dirigia o veículo foi preso com um pino de cocaína e entregou quem estava lá naquela noite e qual era a intenção deles", detalhou.
Para Arruda, os suspeitos poderão ser encontrados em breve. "O delegado já está pedindo a prisão preventiva do maior e a apreensão do menor", garante.
SENADOR
Na data da divulgação das imagens, Marcos do Val, que é relator de um projeto do pacote anticrime no Senado, atribuiu a ação dos suspeitos à sua atuação política. "Essa ação dos criminosos está parecendo mais um levantamento da minha casa, locais vulneráveis, etc, para então ser repassado para outro grupo criminoso especializado em execução, disse ele.
Até o momento, o senador e sua assessoria não retornaram os contatos da reportagem para comentar as recentes descobertas da Polícia Civil sobre o caso.
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