Mesmo sem ter a obrigatoriedade de votar, vários idosos fizeram questão de comparecer às urnas na Grande Vitória neste domingo de eleições. Para eles, que também fazem parte do grupo de risco da Covid-19, votar significa exercer a cidadania e a vontade de eleger pessoas que possam melhorar as cidades onde moram.
É o caso do casal Antenor Francisco da Cunha e Inês Daquila da Cunha, de 85 anos, que votaram no Colégio João Calmon, em Parque das Gaivotas, Vila Velha. "Votar é importante para a nossa cidadania e uma forma de cobrarmos as promessas depois", disse Antenor.
Com 70 anos, Alba Regina Moraes acredita que votar é um direito e um dever de todos. Enquanto eu puder e minha cabeça for boa, faço questão de participar do dia de eleições, acrescentou. Ela ainda fez questão de levar um modelo antigo de Título de Eleitor para que os jovens conhecessem como era o documento. Alba também votou em Parque das Gaivotas.
O casal José Maria Ferreira, de 67 anos, e Maria Lucila Oliveira Ferreira, de 79, compareceu para votar no Colégio Marista, em Vila Velha. Mesmo com a idade avançada, os dois não deixaram de exercer a democracia.
No entanto, o voto para eles não foi fácil. Isso porque nove seções eleitorais do colégio foram transferidas para o segundo andar do colégio, resultando em falta de acessibilidade para os idosos.
"Eu ainda consegui subir, mas e um cadeirante, uma pessoa que usa muletas e andador, como faz?", contou Maria. "As seções para idosos tinham que ser no andar de baixo", completou o marido.
Quem também não deixou de votar foi o motorista Benedito Muqui Freire, de 68 anos, mesmo sendo do grupo de risco do novo coronavírus. Ele votou na Escola José Maria Ferreira, em Nova Brasília, Cariacica. "Nunca perdemos a esperança de que alguém faça algo por nós. Ano após anos, venho crente de que Cariacica vai melhorar para os meus filhos e o resto da minha família", afirmou.
Catarina Coelho, de 77 anos, foi votar no horário preferencial em Vitória. "Foi bem tranquilo. Enquanto eu estiver em pé e puder exercer o meu direito de democracia, vou continuar votando", ressaltou.
Já o aposentado Arlindo Alves Fonseca, 75 anos, chegou cedo para votar e diz que neste segundo turno tem menos gente no local de votação. Vim no primeiro e agora no segundo turno. Voto desde os meus 18 anos. Não perco uma eleição. É meu direito, declara.
O voto é obrigatório para pessoas alfabetizadas maiores de 18 e menores de 70 anos. De acordo com a lei, votar é facultativo para analfabetos, os maiores de 70 anos e jovens que têm 16 e 17 anos. Pessoas com mais de 60 anos estão, ainda, incluídos no grupo de risco do novo coronavírus.
Com informações de Vinícius Zagoto, Lorraine Paixão, Maria Fernanda Conti e Kaique Dias
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