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Maioria dos deputados do ES é a favor do voto impresso; veja lista

Maioria dos deputados do ES é a favor do voto impresso; veja lista

Já derrotada em comissão especial na semana passada, a PEC será analisada novamente nesta terça-feira (10) pelo plenário da Câmara

Publicado em 9 de agosto de 2021 às 16:48- Atualizado há 3 anos

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Deputados federais capixabas
Bancada federal capixaba: metade dos deputados do ES é a favor do voto impresso. (Montagem/ AG)
Errata Atualização
10 de agosto de 2021 às 18:45

Após a publicação da matéria, a deputada Norma Ayub (DEM), que inicialmente não havia enviado resposta para a reportagem, publicou em suas redes sociais ser favorável ao voto impresso. Amaro Neto (Republicanos), que havia dito que ainda não tinha posição, enviou nota nesta terça-feira (10) informando também ser favorável ao tema. Com isso, subiu de cinco para sete o total de deputados favoráveis ao texto até o momento. O título e o texto foram atualizados.

Já derrotada em comissão especial na semana passada, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso será analisada novamente nesta terça-feira (10) pelos deputados federais. O presidente da Câmara dos DeputadosArthur Lira (PP-AL), colocou a pauta em debate no Plenário, para que todos os parlamentares possam decidir sobre o tema.

Em entrevista nesta segunda-feira (9), Lira disse que colocar o texto em votação de maneira mais ampla – antes só os membros da comissão especial votaram – vai "pacificar e serenar o país". O voto impresso é uma das bandeiras levantadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

No caso do Espírito Santo, dos dez deputados federais eleitos pelos capixabas, sete são a favor voto impresso. O número pode ser ainda maior já que um parlamentar do Estado ainda analisa a proposta e não decidiu como votar.

Amaro Neto (Republicanos), Soraya Manato (PSL), Evair de Melo (PP), Josias da Vitória (Cidadania), Lauriete Rodrigues (PSC), Neucimar Fraga (PSD) e Norma Ayub (DEM) já se manifestaram favoravelmente ao voto impresso.

"O voto impresso é uma segurança que nós vamos dar para o eleitor, que saberá que o voto que ele deu foi computado nas urnas. Tenho certeza que a população quer isso, quer uma resposta para as suas angústias. Por onde nós passamos a população pede e questiona", argumenta Neucimar Fraga, um dos que defendem a proposta.

Ted Conti (PSB) ainda não se posicionou sobre o tema. Ao ser procurado pela reportagem, o deputado disse que está analisando a proposta antes de se decidir.

Helder Salomão (PT) e Felipe Rigoni (PSB) se posicionaram contra a proposta. 

"Os apoiadores do voto impresso argumentam que o atual sistema seria hackeado para o retorno do PT. Se isso fosse mesmo verdade, em 2020 o PT teria eleito diversos políticos no país. Sabe quantas capitais do Brasil tiveram prefeitos do PT eleitos? Zero. Ou seja, não faz sentido", justifica Felipe Rigoni, que é contrário à PEC.

A expectativa na Câmara é que o Plenário rejeite a proposta. Segundo Lira, essa pauta não pode dividir os brasileiros e não pode gerar mais instabilidade institucional. Em entrevista ao Jornal da CBN na manhã desta segunda, o presidente da Câmara disse que há outras agendas mais importantes do que essa.

"As instituições precisam serenar, precisam saber que é necessário um autocontrole”, disse. “É a decisão mais acertada [levar para o Plenário] e Bolsonaro me garantiu que respeitaria o resultado do Plenário. Eu confio na palavra do presidente da República ao presidente da Câmara."

VOTO IMPRESSO: COMO SE POSICIONAM OS DEPUTADOS DO ES

  • Deputado federal Amaro Neto

    01

    Amaro Neto (Republicanos)

    A favor do voto impresso.

  • Deputado federal Evair de Melo

    02

    Evair de Melo (PP)

    A favor do voto impresso.

  • Felipe Rigoni diz que tem o respeito de Casagrande, de quem é amigo pessoal, mas não descarta o ter como adversário nas eleições de 2022

    03

    Felipe Rigoni (PSB)

    Contra o voto impresso.

  • Helder Salomão é a favor da PEC que proíbe militares em cargos civis

    04

    Helder Salomão (PT)

    Contra o voto impresso.

  • Josias Mario da Vitória, o Da Vitória, deputado federal do ES pelo PDT

    05

    Josias da Vitória (Cidadania)

    A favor do voto impresso.

  • Deputada federal Lauriete em discurso na Câmara dos Deputados

    06

    Lauriete Rodrigues (PSC)

    A favor do voto impresso.

  • Neucimar Fraga (PSD) entrou na Câmara em 2021, substituindo Sergio Vidigal, que foi eleito prefeito da Serra

    07

    Neucimar Fraga (PSD)

    A favor do voto impresso.

  • Norma Ayub participa de sessão na Câmara dos Deputados

    08

    Norma Ayub (DEM)

    A favor do voto impresso.

  • Deputada federal Soraya Manato (PSL)

    09

    Soraya Manato (PSL)

    A favor do voto impresso.

  • João Batista Conti, o Ted Conti, deputado federal. Ted assumiu como suplente do deputado Paulo Foleto, que assumiu a Secretaria de Estado da Agricultura do ES

    10

    Ted Conti (PSB)

    Ainda não se posicionou sobre o tema do voto impresso.

O QUE ESTÁ EM DISCUSSÃO

O modelo defendido não é o voto na cédula de papel, mas sim o modelo híbrido. O voto continuaria sendo registrado na urna eletrônica, a diferença é que ele também seria impresso, pela mesma máquina, para uma verificação posterior e, em seguida, colocado em uma urna física. O gasto previsto pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para adaptar todas as urnas ao novo sistema passa dos R$ 2,5 bilhões.

O modelo foi testado no Brasil nas eleições de 2002, mas não trouxe bons resultados. Na época, a mudança se mostrou cara, complexa e sem garantias de segurança a mais para os eleitores. Em caso de contestações nesse sistema, as cédulas físicas precisariam ser recontadas, o que poderia até ser mais suscetível a erros de contagem ou adulteração.

Para Bolsonaro, o voto impresso seria uma garantia contra fraudes eleitorais, que ele disse ter ocorrido nas eleições de 2014, embora não tenha apresentado provas. Não há evidências de que os resultados eleitorais possam ser fraudados, já que o sistema não é conectado à internet, o que impossibilita uma invasão hacker.

O presidente ainda argumenta que o voto impresso facilitaria uma auditoria, no entanto, o atual modelo já é auditável, a partir dos boletins que cada urna produz ao final da votação. A checagem é possível a partir da conferência dos boletins com o resultado divulgado pelo TSE.

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