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MPES analisa teor das declarações de deputado sobre assassinato

MPES analisa teor das declarações de deputado sobre assassinato

O órgão informou que "analisa o teor das declarações do parlamentar para futura manifestação". Capitão Assumção disse que pagaria R$ 10 mil para quem matasse suspeito de assassinar jovem em Cariacica

Publicado em 13 de setembro de 2019 às 10:32

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Sede do Ministério Público do Espírito Santo, na Enseada do Suá. (Vitor Jubini)

Ministério Público Estadual (MPES) afirmou, nesta quinta-feira (12), que avalia o teor das declarações do deputado estadual Capitão Assumção (PSL) para futura manifestação. Na tribuna da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, o parlamentar disse, nesta quarta (11), que pagaria R$ 10 mil para quem matasse o suspeito de assassinar uma jovem em Cariacica.

Por nota, o órgão informou que "acompanha o caso em tela e analisa o teor das declarações do parlamentar para futura manifestação".

O Ministério Público é o guardião do regime democrático e da sociedade, defensor da ordem jurídica e dos direitos individuais indisponíveis, de acordo com a Constituição Federal.

> VITOR VOGAS:Afinal, Capitão Assumção é ou não é um defensor da lei?

O CASO ASSUMÇÃO

O deputado estadual discursou na sessão ordinária da Assembleia desta quarta-feira sobre um crime que ocorreu na mesma manhã, em Cariacica. A operadora de telemarketing Maiara de Oliveira Freitas foi assassinada, após dois bandidos encapuzados terem invadido a casa dela, fingindo ser policiais, e terem atirado na jovem.

No plenário, Assumção disse: "[Tenho] R$ 10 mil aqui do meu bolso pra quem mandar matar esse vagabundo, isso não merece tá vivo não. Eu tiro do meu bolso quem matar esse vagabundo aí. Não vale dar onde ele tá localizado não, tem que entregar o cara morto, aí eu pago".

Este não foi o primeiro episódio em que Assumção fez este tipo de declaração enquanto parlamentar. Em abril, ao comentar sobre um crime que deixou um sargento da PM baleado, em Guarapari, ele afirmou que a pessoa que atirou no policial "tem que tomar tiro para morrer".

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Mesmo após a repercussão nesta quinta, o parlamentar reafirmou ao Gazeta Online a declaração e disse que dobraria a oferta, "se tivesse dinheiro"

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