Repórter / nadedja.calado@redegazeta.com.br
Publicado em 6 de novembro de 2024 às 17:45
O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) denunciou o prefeito reeleito de Afonso Cláudio, Luciano Roncetti Pimenta (PP), e a secretária municipal de Meio Ambiente, Valéria Hollunder Klippel, por improbidade administrativa. A denúncia inclui um pedido de liminar para que a secretária — que também é a primeira-dama da cidade da Região Serrana — seja afastada cautelarmente do cargo. O pedido foi apresentado na última sexta-feira (1º) pelo promotor Valtair Lemos Loureiro por supostas irregularidades na realização de uma obra.
O processo se refere à construção de uma ponte sobre o Córrego Lagoa, na Rodovia Federal BR-484/ES, no distrito de Serra Pelada, zona rural de Afonso Cláudio. O caso foi relatado ao MPES através de uma denúncia anônima. O curso d’água já conta com uma ponte, mas em condições precárias, com rachaduras, e comportando a passagem de apenas um veículo de cada vez.
A Prefeitura, então, construiu uma nova ponte, mas por se tratar de uma estrada federal, a administração do local é de competência da União, através do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), autarquia federal ligada ao Ministério dos Transportes. Na investigação, o DNIT informou que não foi firmado convênio ou acordo de cooperação técnica com o município.
A obra para construir uma nova ponte havia sido licitada pelo DNIT em abril de 2023, e a empresa vencedora já instalou equipamentos no local. Imagens feitas nesta segunda-feira (4) mostram que as fundações para uma nova ponte — que será, portanto, a terceira no mesmo local — já foram posicionadas. A entrega está prevista para abril de 2025.
A denúncia conclui: “O sucesso da empreitada ilícita só foi possível em razão das posições ocupadas pelos requeridos Luciano Roncetti Pimenta, prefeito, e Valéria Hollunder Klippel, secretária municipal de Meio Ambiente (que inclusive é esposa do Prefeito), na estrutura administrativa municipal, que foi usada indevidamente para causar prejuízo ao erário”.
A reportagem de A Gazeta procurou a Prefeitura de Afonso Cláudio, mas não obteve retorno até a publicação. O espaço segue aberto para manifestação.
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