O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) abriu uma investigação de ofício para analisar a conduta de Capitão Assumção (PSL). O alvo da apuração é uma das falas mais polêmicas do deputado estadual, que, em setembro deste ano, durante um pronunciamento no plenário da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, ofereceu R$ 10 mil para quem matasse o suspeito do assassinato de uma jovem moradora de Cariacica.
O Ministério Público não informou mais detalhes sobre a investigação. No entanto, em decorrência dela, a notícia-crime apresentada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) sobre o mesmo assunto teve o seguimento negado.
Assumção também enfrenta um processo na Corregedoria da Assembleia no qual é investigado por quebra de decoro parlamentar. Mas a apresentação de sua defesa preliminar à comissão especial de inquérito já foi adiada por duas vezes. O primeiro prazo, de dez dias, começou a contar a partir de 30 de setembro, quando a intimação de Assumção foi assinada.
A pedido do advogado de defesa de Assumção, Marcelo Nunes, o prazo que se esgotava no dia 14 deste mês foi estendido para mais dez dias úteis e venceria nesta segunda-feira (28). Contudo, um novo adiamento foi permitido.
O deputado estadual Euclério Sampaio (sem partido), que é relator do processo, afirma que a prorrogação ocorreu após o PSOL ingressar com uma nova queixa por quebra de decoro parlamentar contra Assumção. Além da encomenda do crime na tribuna da Assembleia, a sigla reclama ainda ter sido alvo de ofensas por parte do deputado.
Um processo foi anexado ao outro por uma questão de custos processuais. Assim entendemos que poderia haver prorrogação, explicou Euclério. Os próximos dez dias de prazo deverão começar a ser contados a partir desta terça-feira (29), quando documentos que ainda faltam serão entregues pela Corregedoria à defesa de Assumção. A reportagem tentou entrar em contato com o deputado, mas ainda não obteve retorno.
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