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MPES pede retirada imediata de barracas na Prainha, em Vila Velha

MPES pede retirada imediata de barracas na Prainha, em Vila Velha

Também foi solicitado que as forças de segurança impeçam novos reagrupamentos em frente ao 38 º BI até com o uso de força, caso necessário

Publicado em 9 de janeiro de 2023 às 11:53- Atualizado há 2 anos

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Protesto em frente ao 38 BI, atos antidemocráticos
Bolsonaristas em frente ao 38º BI na Prainha, na manhã desta segunda-feira (9). (Ricardo Medeiros)

O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) requisitou, na manhã desta segunda-feira (9), a retirada imediata das faixas, barracas e banheiros químicos que estejam nas proximidades do 38º BI, na Prainha, em Vila Velha. O pedido segue decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que estabeleceu 24 horas para a desocupação e dissolução de todos os acampamentos de atos antidemocráticos em frente aos quartéis em todo o país. 

“Torna-se necessária a imediata tomada de diligências das autoridades públicas competentes neste Estado da Federação por conta da comprovação de existência — até a presente data, conforme imagens anexadas no ID 03841750 datadas da manhã do dia 9 de janeiro de 2023 — de faixas, barracas e banheiros químicos nas intermediações do 38º BI na Prainha de Vila Velha que devem ser imediatamente apreendidos e acautelados em locais adequados a serem definidos pela Secretaria de Segurança Pública para permanecerem à disposição da Corte Suprema”, é dito em decisão do MPES requisitando as medidas.

O documento foi encaminhado à Procuradoria Geral do Estado (PGE), que informou ter sido oficialmente notificada sobre a decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes.

Na requisição é informado que a decisão do ministro Alexandre de Moraes possui “executoriedade imediata em todo o território nacional”.

Foi requisitado ainda pelo MPES que as forças de segurança impeçam novos reagrupamentos no local até com o uso de força, caso necessário.

“Requisito que as forças de segurança estaduais e municipais (incluindo também a Guarda Municipal de Vila Velha) impeçam novos reagrupamentos no local, com o uso proporcional e progressivo da força – caso necessário”, é dito no documento.

O pedido foi pautado, segundo o MPES, na divulgação de informações sobre os “prejuízos públicos e práticas criminosas cometidas por grupos antidemocráticos somadas ao atual estágio do desenvolvimento e organização destes grupos neste Estado da Federação (ES)”.

O documento determina ainda que sejam notificados o governador Renato Casagrande, o titular da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), os comandos dos Bombeiros, da Polícia Civil, assim como o Prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo, para conhecimento da decisão e providências no âmbito de suas competências.

Também foi requisitado ao delegado-geral de Polícia Civil que promova a “plena identificação das pessoas físicas que estiverem no local, das placas dos veículos (inclusive motorhomes) que ali constam, e das pessoas físicas e jurídicas que sejam locadoras dos retromencionados bens relacionados às ilicitudes descritas”.

Por nota, a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) informou "que todas as determinações judiciais serão cumpridas pelas forças de segurança do Espírito Santo. As informações completas serão divulgadas à imprensa assim que o planejamento das ações for finalizado".

Acampamento desmobilizado

Diante das determinações, grupos começaram a sair pacificamente do local e tirando as barracas, mesas, caixas e freezers do local no final da manhã desta segunda. E o movimento de retirada continuou durante a tarde. 

Por volta das 15h30, teve início uma ação articulada da Polícia Militar, Guarda Municipal, Polícia Civil e agentes de limpeza da Prefeitura de Vila Velha para desmobilizar o restante do ato e desmontar por completo o acampamento. Ao menos duas pessoas foram detidas.

Os garis da prefeitura retiraram barracas, tendas. caixotes e paletes de madeira, além de faixas. A polícia acompanhou toda a ação e isolou o local. A limpeza foi concluída por volta das 16h30.

Na semana passada, depois da posse do presidente Lula (PT) o acampamento que ficava do outro lado da via, no gramado de 6 mil metros quadrados do parque da Prainha já tinha sido desmontado e a prefeitura recolheu pallets e demais lixos deixados pelos bolsonaristas.

Segundo a prefeitura, o custo da retirada do lixo e replantio da grama vai ser contabilidade e o valor deve ser cobrado dos organizadores dos grupos.

Bolsonaristas começam a desmontar acampamento na Prainha(Carlos Alberto Silva)

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