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MPES quer devolução de dinheiro gasto com shows em Guarapari

MPES quer devolução de dinheiro gasto com shows em Guarapari

Para a promotoria, prefeitura poderia ter contratado artistas diretamente, mas usou empresário como intermediário. A empresa recebeu, em 2017 e 2018, R$ 157 mil

Publicado em 26 de agosto de 2019 às 18:21

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Shows do Esquina da Cultura, em Guarapari, em 2019. Ação do MPES é sobre as edições de 2017 e 2018. (Prefeitura de Guarapari/Divulgação)

O Ministério Público Estadual (MPES) quer a devolução de R$ 157 mil referentes à contratação de shows de artistas regionais para a realização do Esquina da Cultura, da Prefeitura de Guarapari, nos anos de 2017 e 2018.

MPES quer devolução de dinheiro gasto com shows em Guarapari

Os alvos da Ação de Improbidade Administrativa proposta pelo MPES são o prefeito da cidade, Edson Magalhães (PSDB), um maestro e um empresário. Os shows foram contratados sem licitação - que é uma disputa entre empresas para ver quem oferece o menor preço.

A prefeitura considerou, na ocasião, que a empresa escolhida detinha a exclusividade dos contratos com os artistas e bandas. Mas, em depoimento ao Ministério Público, os próprios artistas negaram manter contrato de exclusividade. 

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Para a promotoria, a prefeitura utilizou-se, sem necessidade, de intermediários. Poderia ter assinado com os artistas diretamente, sem passar pela empresa. De acordo com o MPES, em 2017, 14 atrações foram contratadas. E a empresa levou R$ 70 mil para fazer as contratações. Em 2018, foram R$ 87 mil.

"A contratação poderia ter sido realizada diretamente com o artista, responsável pela banda, sem necessidade de intermediário, o que poderia surtir maior economia para o município, no entanto o prefeito municipal de Guarapari, em acordo com a empresa, optou por utilizar a inexigibilidade de licitação", avalia o Ministério Público.

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"GASTOS EXORBITANTES"

"Foi ajuizada anteriormente Ação Civil Pública tendo como objeto os gastos públicos exorbitantes e supérfluos com eventos em Guarapari pelo prefeito Edson Magalhães, corroborando desse modo a necessidade de estancar as atividades ilícitas praticadas pelo administrador do dinheiro público que mais uma vez não preza pela moralidade, legalidade, efetividade e impessoalidade dos atos que pratica", diz ainda o texto da ação, proposta no último dia 12.

No dia 16, o juiz Gustavo Marçal da Silva e Silva, da Vara da Fazenda Pública de Guarapari, determinou a intimação ao Ministério Público para que o órgão acrescente informações ao pedido em relação a duas pessoas, incluídas no polo passivo da ação, para a caracterização da improbidade administrativa. Ainda não há decisão quanto ao pedido em si. Os autos estão com o Ministério Público.

O OUTRO LADO

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Procurada, a Prefeitura de Guarapari informou que quem falaria sobre o assunto seria o advogado do prefeito, Marlilson Machado de Carvalho. Ele informou ao Gazeta Online que ainda não houve notificação sobre o processo e que, por isso, desconhece os termos da propositura da ação e não poderia comentar o caso.

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