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'Não tenho medo nem tenho o que esconder', afirma Gandini após ação da PF

"Não tenho medo nem tenho o que esconder", afirma Gandini após ação da PF

Secretaria da Prefeitura de Vitória e empresas que prestam serviço para o candidato a prefeito da Capital foram alvo de mandados de busca e apreensão

Publicado em 5 de novembro de 2020 às 21:59

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Fabrício Gandini (Cidadania) divulgou vídeo nas redes sociais
Fabrício Gandini (Cidadania) divulgou vídeo nas redes sociais. (Reprodução/Twitter)

Após a Polícia Federal cumprir mandados de busca e apreensão na Prefeitura de Vitória e em empresas de produção audiovisual que atuam na campanha de Fabrício Gandini (Cidadania), o candidato à prefeitura da Capital gravou um vídeo em que afirma que a ação é uma forma de revidar, pelo fato de ele ter denunciado "o maior grupo criminoso que conseguiu colocar as garras na política do Espírito Santo".

"Sabemos como esse grupo político age, sempre agiram assim. Na base da truculência, invadindo hospitais, tentando ganhar na base da ignorância. Vitória não é uma delegacia. Não tenho medo nem tenho o que esconder", disparou Gandini. 

A Polícia Federal agiu em cumprimento a uma ordem judicial. A coligação de Delegado Pazolini (Republicanos), adversário de Gandini na disputa, foi quem acionou a Justiça. Em junho, Pazolini e outros deputados estaduais fizeram uma "visita surpresa" a um hospital na Serra, em que havia pacientes internados com Covid-19.

O vídeo de Gandini foi postado na noite desta quinta-feira (5), no Twitter, pelo prefeito de Vitória, Luciano Rezende (Cidadania), apoiador de Gandini.  

O candidato do Cidadania tem feito uma campanha com críticas a Pazolini e exibido a imagem do ex-deputado José Carlos Gratz, tentando associar o adversário ao ex-parlamentar

Pazolini foi procurado pela reportagem de A Gazeta para comentar as afirmações, e declarou, por meio de nota, que "manifesta seu total respeito ao Poder Judiciário e à Polícia Federal, que cumpriu os mandados de busca e apreensão na Prefeitura Municipal de Vitória e em empresas prestadoras de serviços, devido a fortes indícios de ilegalidades e beneficio à pré-candidatura de Fabrício Gandini".

"Lamentavelmente, o candidato Gandini, em vez de explicar as possíveis ilegalidades demonstradas nos autos, prefere atacar a Justiça e a Polícia Federal, que cumpriram suas obrigações constitucionais", disse.

ENTENDA O CASO

Após a coligação "Vitória Unida é Vitória de Todos", que tem como candidato a prefeito Lorenzo Pazolini (nome de urna Delegado Pazolini), ter entrado com uma ação na Justiça pedindo investigação por abuso de poder econômico e político e captação e gastos ilícitos na pré-campanha, o juiz da 1ª Zona Eleitoral de Vitória, José Luiz da Costa Altafim, determinou o cumprimento de mandados de busca e apreensão na Prefeitura de Vitória e em três empresas suspeitas de financiar gastos com serviços de marketing, produção audiovisual e pesquisas na pré-campanha de Gandini.

Nos autos, ele considerou que há indícios de irregularidades e que é necessário apurar se houve doação ilegal à campanha de Gandini por meio da produção de vídeos e da contratação de pesquisas de opinião pública pela prefeitura.

A investigação também apura se Gandini teria se beneficiado de contratos firmados entre as empresas de audiovisual e a Secretaria Municipal de Gestão, Planejamento e Comunicação (Seges) neste ano, ou ainda se a campanha dele estaria recebendo doações de pessoas jurídicas, ou seja, empresas, por meio da prestação de serviços e antes do início da campanha eleitoral.

A coordenação da campanha "Avança Vitória", coligação de Gandini, afirmou "que as ações desta quinta-feira foram realizadas por um adversário político, baseadas em acusações infundadas e sem qualquer prova". "Esclarece ainda que a ação movida tem viés político e intuito de causar tumulto no processo eleitoral."

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