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'Não terei nenhum papel na gestão de Weverson', afirma Sergio Vidigal

'Não terei nenhum papel na gestão de Weverson', afirma Sergio Vidigal

Atual prefeito da Serra conversou com a reportagem de A Gazeta e falou como será a passagem de bastão para seu sucessor no comando do Executivo municipal

Publicado em 28 de outubro de 2024 às 17:42

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Sérgio Vidigal comemora primeiro lugar de Weverson na Serra
Sergio Vidigal ao lado de Weverson Meireles comemorando o resultado do primeiro turno das eleições, em 6 de outubro. (Fernando Madeira)

O prefeito da SerraSergio Vidigal (PDT) afirmou que não terá nenhum papel na gestão de Weverson Meireles (PDT), seu sucessor no comando do Executivo municipal. Em conversa com a reportagem de A Gazeta nesta segunda-feira (28), o atual mandatário contou como será a transição governamental e relatou o susto vivido enquanto votava no domingo (27), quando sua esposa, a ex-deputada federal Sueli Vidigal, passou mal e precisou ser hospitalizada na UTI.

“Não terei nenhum papel na gestão de Weverson. Não vou participar nem interferir, porque ele tem condições para administrar a cidade. A única coisa que eu talvez possa contribuir, em um primeiro momento, é a questão do relacionamento com a Câmara Municipal, o Poder Legislativo, mas avalio que ele já tem uma maioria grande, 17 ou 18 vereadores dos 23. Acredito que não vai haver uma dificuldade no relacionamento com o Legislativo”, declarou.

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É a primeira eleição de Weverson, mas ele já está há um certo tempo na política. Estou muito seguro que ele fará um belo governo na cidade

Sergio Vidigal
Prefeito da Serra
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Secretário municipal da Fazenda fará parte da transição

Sobre a passagem de bastão para o apadrinhado político, Vidigal afirmou que indicará apenas o nome do secretário municipal da Fazenda, Henrique Valentim Martins da Silva, como representante de seu governo, e que Weverson montará sua própria equipe.

“Eu conversei com Weverson ontem (domingo, 27) um pouco. A equipe de transição é ele quem vai construir. Só dei uma sugestão: eu definir um nome da nossa gestão e ele construir uma equipe de transição com quadros que não estejam na frente das secretarias, para dar um pouco mais de liberdade a ele e seguir o que falamos na campanha. Queremos manter as conquistas e iniciar um novo ciclo de avanços. Eu estou sugerindo um nome nosso, o secretário da fazenda, para ser o interlocutor com a equipe de Weverson”.

Vidigal disse a Weverson que a transição precisa começar em breve, pois avalia que “dois meses passam muito rápido”, referindo-se ao período que falta para a posse do sucessor. 

“Eleição diferente de todas”, avalia Vidigal 

Ao comentar sobre a saúde da esposa, Sueli Vidigal, internada neste domingo (27) com suspeita de Ataque Isquêmico Transitório (AIT), popularmente conhecido como “mini-AVC”, o prefeito disse que a corrida eleitoral na Serra neste ano foi diferente de todas as outras.

A ex-deputada federal foi levada para a UTI, onde permanece em observação. Os médicos realizaram uma ressonância, que não detectou nenhum tipo de AVC, e depois uma ressonância para identificar mais a fundo se realmente não houve “isquemia”, rompimento de um vazo sanguíneo de pequeno calibre. A família aguarda o resultado desse último exame. 

“Achei que era um quadro somático da própria ansiedade ou hipoglicemia. Aqui na Serra, essa eleição foi diferente de todas, bem acalorada, notícia de violência, e acaba aumentando a tensão das pessoas. A hipoglicemia estava ok, mas acho que essa corrida eleitoral pode ter impactado a ansiedade — claro, se não der nada na ressonância. Foi um susto grande, porque tinha muita gente, havíamos acabado de votar e o Weverson estava conosco. Fui votar com ele, e ele comigo. Tinha aglomeração de pessoas querendo tirar foto. Sueli chegou para mim dizendo que queriam tirar foto e, de repente, caiu na minha frente. Ela já tem basicamente um ano que fez a quimioterapia e está bem estabilizada”, relatou.

Por conta do incidente ocorrido enquanto votavam, Vidigal e a esposa não conseguiram acompanhar a festa da vitória. Estreante na política, Weverson surpreendeu no primeiro turno, ficando à frente de Pablo Muribeca (Republicanos), com quem disputou o segundo turno, e do ex-prefeito Audifax Barcelos (PP), que nem sequer conseguiu avançar para a segunda etapa da votação, contrariando as primeiras pesquisas que o colocavam em primeiro lugar.

“Foi uma vitória importante, porque o Weverson nunca disputou uma eleição, não se preparou a tempo e foi uma decisão tomada muito em cima da hora. Foi uma eleição difícil, porque disputamos contra um ex-prefeito [Audifax Barcelos], que teve uma participação importante na condução da cidade. Apesar do outro candidato [Pablo Muribeca] criticar as duas gestões, que ficaram nesses 28 anos, isso é a democracia. Se esses projetos ficaram de pé é porque foram escolhidos pela população. E tinha um novo político [Pablo Muribeca] desse novo modelo, das redes sociais, que é novo", avaliou Vidigal.

E completou: "Ficou claro que no primeiro turno a população da Serra deu um recado que queria uma renovação, tanto que o ex-prefeito não foi para o segundo turno. Trabalhamos no segundo turno com esse pensamento, que Weverson seria essa renovação, mas segura e qualificada. Tentaram nacionalizar a eleição com a política de costumes e atores políticos vieram para a cidade, como Gilvan da Federal, o prefeito de Vitória [Lorenzo Pazolini], a vice eleita dele [Cris Samorini]. Mas conseguimos”. 

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