Em meio à crise envolvendo os recorrentes casos de incêndio na Amazônia, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), em visita ao Espírito Santo nesta quinta-feira (29), afirmou que o governo federal errou no combate às queimadas. Na avaliação de Mourão, por terem conhecimento de que os meses de agosto, setembro e outubro são marcados pelos incêndios florestais na região, os entes governamentais precisariam estar preparados para combatê-los.
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As declarações de Mourão foram dadas em Vitória durante a participação no evento de aniversário do Sindiex, sindicato das empresas de comércio exterior. Ele também esteve no Convento da Penha, onde disse que quer ir à Festa da Penha. O local ficou fechado para carros durante a visita.
REAÇÃO A CRÍTICAS
No entanto, o vice-presidente também reagiu às críticas dos líderes de outras nações. Mourão afirmou que 88% da energia produzida no Brasil é renovável, enquanto países que criticam a política ambiental brasileira produzem energia queimando carvão e petróleo.
"A nossa matriz energética tem 88% de energia renovável, é hidrelétrica, energia eólica e energia solar, o resto do mundo é só 25%. O resto do mundo queima carvão, queima petróleo, mas nós somos os culpados pela poluição do meio ambiente. É importante que esses dados estejam no nosso poder, para que de forma organizada e consistente a gente rebate determinadas acusações que venham acontecendo. Existe a queimada ilegal? Existe. Temos que coibir a queimada ilegal? Temos. Esse é o novo papel como governo."
CENÁRIO ECONÔMICO
O vice-presidente também aproveitou o seu pronunciamento para avaliar o atual cenário econômico da Europa. Na avaliação de Mourão, as críticas francesas ao modelo de gestão ambiental do Brasil tem relação com o crescimento do agronegócio brasileiro, sufocando os agricultores da França. O presidente francês, Emmanuel Macron, é o maior crítico entre os líderes europeus à crise amazônica.
"A velha Europa, na minha visão, ela bateu no teto. Ela não tem mais para onde scolher até três safras por ano. Para aqueles países (da Europa), nós também somos uma China", opinou o vice-presidente.
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