O novo cálculo para dividir os recursos do fundo eleitoral, redefinido nesta quarta-feira (17) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), vai beneficiar 13 partidos, que vão receber mais do que a divisão anunciada pela Corte anteriormente. O volume para cada sigla foi anunciado na noite de terça (16). Entre os que conseguiram aumentar seus recursos estão o PTB, a Rede e o Patriotas. PT e PSL seguem como os partidos com a maior fatia no fundão, assim como na primeira conta divulgada no início do mês.
O recurso, que será usado durante as eleições municipais deste ano, é dividido de acordo com o número de parlamentares de cada partido. O recálculo foi feito após questionamento das siglas sobre os critérios de divisão. Anteriormente, o TSE considerou o atual número de senadores de cada partido. Já no novo fatiamento, como o mandato de senador é de oito anos, para aqueles que estão na reta final foram considerados o partido que estavam no primeiro quadriênio de seus mandatos. Já para os eleitos em 2018, vale o partido em que se elegeram.
Dessa forma, o PTB terá direito a receber R$ 46,6 milhões, R$ 11,5 milhões a mais do que teria inicialmente, o que representa um aumento de 32%. A Rede também "engordou" sua fatia e terá R$ 28,4 milhões, mais de R$ 8 milhões (39%) do que estava destinada a receber. Entre os três que mais aumentaram sua cota no fundo também está o Patriota, que poderá usar R$ 35,1 milhões, R$ 7,6 milhões a mais (27%) em relação a primeira divisão.
Donos das maiores fatias, o PT e o PSL também foram beneficiados com a mudança. Os petistas agora vão contar com R$ 201,2 milhões para os seus candidatos nos municípios, enquanto o PSL vai receber R$ 199,4 milhões. O aumento para as duas siglas foi de 0,18% e 2,9%, respectivamente.
No topo do ranking, quem teve pior revés foi o PSD, que perdeu R$ 18,3 milhões (11,6%) de sua cota e passou da 3ª maior para a 5ª mais recheada. Entre os cinco partidos com mais recursos, o MDB também teve sua cota reduzida em R$ 6,6 milhões (4%), comparado ao cálculo inicial.
Percentualmente, PROS e Podemos foram os partidos mais prejudicados. O primeiro perdeu R$ 7,4 milhões (16%), enquanto o segundo terá R$ 10,6 milhões (12%) a menos para usar nas eleições.
A forma como os partidos vão distribuir os recursos entre os Estados é de prerrogativa dos próprios diretórios nacionais, que dividem o montante entre os caciques estaduais que, por sua vez, decidem como vão repartir entre os municípios. Não há regra para esta divisão. Tradicionalmente, recebem mais os diretórios municipais onde há candidatos com maior chance de se eleger ou de cidades consideradas pelas siglas como mais estratégicas.
Levantamento feito por A Gazeta, mostrou que, em abril, após o fim da janela partidária e do prazo para os pré-candidatos estarem filiados, MDB, PDT, PP, PSDB e PT eram as siglas com mais adesões.
Entre os prefeitos, o PSB e o Cidadania são os que possuem mais chefes do Executivo, com 13 e nove deles filiados no Estado, respectivamente. Já na divisão por vereadores, PSB e Republicanos são os que aparecem com mais parlamentares, com 117 cadeiras para o primeiro e 83 para o segundo.
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