Empresas da Grande Vitória foram alvos de buscas na operação "Falso Negativo", deflagrada nesta quinta-feira (2) pelo Ministério Público do Distrito Federal (MPFDT) para apurar irregularidades na compra de testes para Covid-19 pelo governo do Distrito Federal.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), deu apoio à operação. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em empresas em Vitória, Serra e Cariacica. São apurados crimes de fraude à licitação, lavagem de dinheiro, crime contra a ordem econômica (cartel), organização criminosa, corrupção ativa e passiva. O valor das dispensas de licitação no Distrito Federal é superior a R$ 73 milhões.
De acordo com o Ministério Público, existem fortes indícios de superfaturamento na aquisição dos insumos e evidências de que marcas adquiridas seriam "imprestáveis" para a detecção eficiente do novo coronavírus. A investigação da fraude no Distrito Federal também cumpre mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Goiás, Santa Catarina e Paraná.
O subsecretário de Administração geral da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Iohan Andrade Struck, e o diretor do Laboratório Central, Jorge Antônio Chamon Júnior, também foram alvo da operação.
A apuração dos fatos seguirá com a análise dos documentos apreendidos no Espírito Santo, de mídias e de dispositivos móveis, que serão encaminhados ao Gaeco do MPDFT.
O governo do DF se manifestou por meio de nota. "Todos os testes comprados, recebidos através de doações ou enviados pelo Ministério da Saúde têm o certificado da Anvisa e portanto foram testados e aprovados pelo órgão Federal. Quanto aos preços, representam os valores praticados no mercado e as compras foram efetuadas avaliando as marcas apresentadas, os certificados de qualidade e os menores preços apresentados pelas empresas nas propostas."
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