Alvo de críticas na campanha do prefeito eleito em Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), a Linha Verde vai ser extinta na Capital assim que ele assumir a prefeitura, em janeiro de 2021. O fim da faixa exclusiva para coletivos, táxis e vans, que corta a Orla de Camburi, já estava previsto no plano de governo do então candidato. O modelo da Linha Verde foi implantado em 2018, na gestão do atual prefeito Luciano Rezende (Cidadania).
"O modelo da Linha Verde foi imposto, o diálogo não existiu, por isso não teve sucesso. As pessoas não compraram essa ideia", declarou durante entrevista para a Rádio CBN Vitória, nesta segunda-feira (30), reafirmando o compromisso:
"Nós temos um projeto claro, que é a extinção da Linha Verde. Em um primeiro momento, nós vamos extinguir a Linha Verde, para em um segundo momento dialogar com a população."
A Linha Verde virou uma polêmica na Capital. Desde o início, o prefeito Luciano Rezende enfrentou resistência da população, que alega não ter sido ouvida sobre o projeto. Moradores moveram ações na Justiça, que chegou a suspender o funcionamento da faixa exclusiva.
A prefeitura chegou a testar a ampliação, mas o projeto não foi para frente. A principal reclamação dos motoristas é sobre o congestionamento formado. "As pessoas não compraram essa ideia, elas não se sentem representadas, por isso tivemos aquele colapso no trânsito", afirmou Pazolini.
A fiscalização também demorou mais de um ano para ser implementada, o que, segundo Pazolini, não funciona. "Na verdade, hoje não existe fiscalização. O motorista não respeita, a prefeitura não fiscaliza e finge que está tudo bem", criticou.
Além da extinção da Linha Verde, o prefeito eleito disse que vai buscar novas soluções para melhorar o fluxo no trânsito em Vitória e o sistema de transporte coletivo.
"Nós temos que garantir um transporte coletivo eficaz, eficiente, que dê tranquilidade e conforto a quem se desloca e a fluidez do trânsito através dos sinais. Hoje nós temos um pare e siga muito grande. Temos que minimamente garantir a fluidez. Temos trechos na Enseada do Suá que, em um intervalo de 500 e 600 metros, o motorista para quatro ou cinco vezes em semáforos. Isso não é razoável”, afirmou.
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