O economista e pesquisador licenciado do Instituto de Pesquisa Economia Aplicada (IPEA) Daniel Cerqueira será o novo diretor-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). Cerqueira já foi nomeado no cargo, mas deve tomar posse nesta terça-feira (18).
Ex-coordenador do Atlas da Violência, estudo que compila os índices de crimes contra a pessoa em todo o país, o pesquisador irá suceder Pablo Lira, que estava na presidência do instituto capixaba desde abril. Lira participou do processo de transição do comando para Cerqueira. Com a mudança, ele retorna para o cargo de diretor de integração e projetos especiais do órgão.
Esta será a segunda troca de presidência no órgão em 2020. Nomeado para o posto pelo governador Renato Casagrande (PSB) no início da gestão, o ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Velloso Lucas (PSDB) deixou o cargo em abril, ao se desincompatibilizar para se candidatar à prefeitura da Capital.
Cerqueira, o novo presidente, é doutor em economia pela PUC-RIO e já foi analista do Banco Central. Está no IPEA, fundação vinculada ao Ministério da Economia, desde 1995.
Sua principal área de atuação está ligada à Economia do Crime e Segurança Pública, campo onde tem vários artigos publicados. É membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e foi research fellow do Crime Working Group do National Bureau of Economic Research (NBER), nos Estados Unidos.
Por sua tese de doutorado, recebeu os prêmios Haralambos Simeonidis, da Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia (Anpec), e o prêmio BNDES de Economia.
Em agosto do ano passado, quando foi entrevistado pela Rádio CBN Vitória sobre a última publicação do Atlas da Violência, Daniel elogiou a gestão de Casagrande na área da Segurança Pública. Entre os pontos apontados pelo estudo, o Espírito Santo registrou que 92% das mortes por homicídios são de vítimas jovens e moradoras de periferias.
"Eu visito muitas vezes o Espírito Santo e sou testemunha do comprometimento pessoal do governo, inclusive nas reuniões do Estado Presente. Tem alguns pontos que podem ser melhorados, houve investimento forte na inteligência policial, mas falta uma integração maior entre todas as agências policiais. Isso é muito importante", avaliou, na época.
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