O vereador Leandro Piquet (Republicanos) vai acumular mais uma função, além da presidência da Câmara de Vitória. Ele será peça central em um projeto de ampliação do Republicanos. O partido trocou de presidente recentemente, com a saída de Roberto Carneiro, que assumiu a liderança da legenda em São Paulo.
O novo presidente do Republicanos é Erick Musso, que comandou a Assembleia Legislativa do Espírito Santo e saiu para tentar uma vaga de senador nas eleições de 2022. Como não foi eleito, Musso ficou sem mandato.
"Erick é um amigo pessoal, alguém que me ajudou no meu processo eleitoral. Ele entendeu que eu seria peça fundamental nesse processo da ampliação do Republicanos e solicitou que eu ajudasse nessa tarefa, tanto em Vitória quanto no Espírito Santo", afirmou Piquet, durante entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (9), acrescentando que ainda não tem um cargo dentro da diretoria do partido.
Segundo o vereador, como vai acumular essas duas funções, a de presidente da Câmara e de braço direito de Erick Musso no Republicanos, pediu licença do cargo de delegado. Até o início deste ano, Piquet atuava como vereador e como delegado de plantão da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).
O afastamento é por tempo indeterminado e pode durar até o fim do mandato de Piquet, que precisa escolher entre uma das duas remunerações para receber (a de delegado ou a de vereador) durante esse período. Até então, ele acumulava os vencimentos.
Leandro Piquet foi eleito presidente da Câmara de Vitória em 2 de janeiro para o biênio 2023 e 2024. Em sessão extraordinária, ele recebeu 12 votos dos 14 vereadores presentes.
A sessão foi convocada no dia anterior pelo vereador Duda Brasil (União Brasil). Ele era vice da chapa de Armandinho Fontoura (Podemos) que, por estar preso, não pode tomar posse.
Em 31 de dezembro de 2022, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de Armandinho para que fosse conduzido por policiais penais da Secretaria de Justiça do Estado (Sejus) — responsável pela administração dos presídios —, até a Câmara de Vitória para assumir o cargo de presidente do Legislativo da Capital. A decisão também suspendeu o exercício do parlamentar no cargo.
A Câmara de Vitória já havia aprovado, no fim de dezembro, um entendimento de que não seria possível que Armandinho tomasse posse através de outra pessoa, por procuração. Como não seria possível que comparecesse presencialmente, outra eleição foi marcada.
Armandinho foi preso no dia 15 de dezembro em uma operação da Polícia Federal, determinada pelo próprio STF, contra suspeitos de participação em atos antidemocráticos e ainda de promoverem ataques a ministros do Supremo.
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