A Polícia Civil vai investigar a denúncia de assédio sexual registrada contra o agora ex-secretário de Estado da Agricultura, Mário Louzada. Ele foi exonerado do cargo na última sexta-feira (19) após denúncia apresentada por uma servidora da pasta.
"A Polícia Civil informa que recebeu a denúncia e o fato será investigado. Para que a apuração seja preservada, nenhuma outra informação será repassada", informou a nota da corporação, sem revelar detalhes sobre a investigação.
A denúncia foi encaminhada para a polícia pelo governo do Estado nesta segunda-feira (22). "O Governo do Estado informa que a Secretaria de Governo enviou nesta tarde a denúncia da servidora à Polícia Civil para apuração dos fatos e devidas providências".
Mário Louzada foi substituído na gestão da pasta por Arthur Moura de Souza. A exoneração de Mário e a nomeação do novo titular da secretaria foram publicadas na edição desta segunda-feira (22) do Diário Oficial do Estado.
Louzada é filiado ao PSB. Ele assumiu a pasta da Agricultura no início de abril de 2022, quando o então titular, Paulo Foletto (PSB), deixou o cargo e voltou ao mandato na Câmara dos Deputados.
Antes de chefiar a Secretaria de Estado da Agricultura (Seag), ele ocupava a presidência do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), cargo para qual foi nomeado no início da gestão Renato Casagrande (PSB).
A reportagem de A Gazeta entrou em contato com o ex-secretário, mas até o fim da tarde desta segunda-feira não teve as ligações atendidas nem retorno das mensagens.
No ano passado, Mário Louzada foi protagonista de um episódio de machismo contra a primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Na época em que era o presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), ele enviou um comentário em um grupo de WhatsApp em que sugeria que Michelle traía o marido, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), enquanto ele viajava.
"Tô aqui imaginando os rocks que a Michelly (sic) deve fazer quando o maridão viaja. Cara, é leite condensado, vinho, azeitona, pepino! Pense!!!", dizia o texto enviado pelo então presidente do Idaf, em janeiro de 2021.
Ele ironizava compras feitas pelo governo federal. Somente com leite condensado foram gastos, somando todos os órgãos, R$ 15 milhões em 2020. Após repercussão negativa nas redes sociais, Louzada publicou um vídeo com pedidos de desculpas à primeira-dama e "a todos que se sentiram ofendidos". Ele considerou o comentário "despretensioso e infeliz".
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