O segundo turno das Eleições 2022 está marcado pela polarização dos brasileiros na disputa entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição, no pleito que vai acontecer no próximo dia 30. Alguns ainda tentaram apostar em uma terceira via no primeiro turno, mas agora não vão conseguir fugir do embate entre os dois candidatos na corrida pela Presidência.
O resultado das urnas, revelado no último domingo (2), escancarou essa divisão do país, com Lula tendo 48,43% dos votos válidos e Bolsonaro, 43,20%.
Tamanha polarização, como não poderia deixar de ser, também se reflete dentro dos lares e provoca divisões, como é o caso da família Freitas. A matriarca, Meirelande Freitas, de 48 anos, declara o seu voto ao Lula, juntamente com o filho mais novo, Roque, 22 anos. Já o filho do meio, Nathan Costa, de 23 anos, é apoiador de Jair Bolsonaro.
Apesar da discordância em torno dos candidatos, Meirelande garante que o clima democrático prevalece dentro de casa. "Todos se respeitam e aceitam a opinião contrária. Cada um tem a sua divergência, entre Lula e Bolsonaro, mas temos respeito pelo voto do outro", afirma a empreendedora.
O clima de respeito, porém, não é imune às provocações, que costumam ser retrucadas com bom humor. A cada vez que Nathan solta um "Lula ladrão", para atacar o candidato petista, Roque retruca, de forma espontânea: "Lula ladrão, roubou meu coração".
Para o segundo turno, prevalece o otimismo, de ambos os lados. Nathan quer uma eleição justa: “Espero a vitória de Bolsonaro com números expressivos”.
Meirelande e Roque, por sua vez, acreditam que Lula levará a melhor. "Eu estou convicto que Lula vai ganhar com uma vantagem de mais de 10 milhões de votos", destaca o caçula da família.
Enquanto entre os Freitas o debate político é aberto, em outras famílias o tema eleição é assunto proibido. É a situação do casal Maria Luiza Novaes e Guilherme Silva, de 21 e 23 anos, respectivamente. Ambos preferem não discutir sobre as preferências na disputa presidencial.
Como têm opiniões contrárias sobre as eleições, Guilherme e Maria Luiza preferem não tocar no assunto, evitando desacordos e mantendo o clima harmônico entre eles. "Evitamos falar de política, porque não queremos discutir. Dessa forma, exercemos a democracia e respeitamos a opinião do outro”, afirma a estudante de Fisioterapia.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta